Em União dos Palmares, uma das mais importantes cidades de Alagoas e o quinto maior colégio eleitoral do estado, tivemos uma eleição à base de denúncias, ataques pessoais, união de grupos políticos elitizados que pretendiam voltar ao poder representados pelo candidato do empresariado Sebastião de Jesus, e a perseguição implacável de parte de uma mídia tendenciosa. 

O prefeito Areski Freitas (MDB) foi reeleito  com 13008 votos contra 9800 de Sebastião de Jesus (Cidadania), uma diferença de 3208 pró-Kil. A prepotência, a arrogância, o egoísmo, o interesse e a vaidade pessoal, a falta de planejamento e estratégia foram os motivos - além de outros -,  que levaram candidatos de oposição a seguirem caminhos diferentes. 

Falei aqui por reiteradas vezes que não se poderia jamais subestimar a capacidade do prefeito Areski Freitas, porque ele é um político bastante habilidoso, planejado, estrategista nato, tem o poder de aglutinação, possui jogo de cintura, poder de decisão, mas, apesar de todas essas qualidades, outros fatores contribuíram para sua vitória a exemplo da incompetência, da arrogância e da ambição desenfreada dos grupos de oposição, querendo, sobretudo, lotear cargos com apadrinhados políticos , sanguessugas e parasitas – como já estava ocorrendo -.

O desempenho do vice-prefeito e então candidato Zé Alfredo foi abaixo do esperado pela expectativa gerada em um candidato que hipoteticamente seria o grande adversário e obstáculo ao projeto de reeleição de Areski Freitas.

Zé Alfredo sofreu - eu diria - um ‘nocaute fulminante’ nessas eleições, que certamente irá deixar sequelas às suas pretensões de comandar a prefeitura palmarina. ZA fez uma campanha recheada de amadores, com uma equipe improvisada e sem qualificação, sem planejamento e estratégia, cercado de alguns poucos abnegados que não possuem o talento e a capacidade suficiente para conduzir uma campanha eleitoral. Outro detalhe que atrapalhou bastante sua campanha, foi a dúvida que havia na cabeça do eleitor em relação se ele seria ou não candidato, haja vista, que o recibo de quitação eleitoral só foi autorizado pela Justiça a poucos dias da eleição. Com isso, eleitores que não gostam de perder o voto, optaram por outros candidatos de oposição, a exemplo de Sebastião de Jesus. 

Areski sai bastante fortalecido da eleição, não só pela vitória em si, mas também por ter sofrido verdadeiro massacre e perseguição de seus opositores e de parte da mídia palmarina, que durante todo o período pré-eleitoral e eleitoral, realizou um verdadeiro ‘bombardeio’ ao então candidato – hoje prefeito reeleito -. Mas, apesar de tudo isso, Areski Freitas conseguiu derrotar a falta de humildade, a prepotência, a arrogância, o jogo de interesse, parte da mídia e o poder político e econômico de grupos que queriam a todo custo se locupletar do poder.

Kil obteve uma vitória gigante que o fortalece politicamente e tem um significado todo especial: proporcionar a "morte" de políticos tradicionais, - a exemplo de três ex-prefeitos -, dizer não a elite palmarina, e ainda derrotar um de seus maiores desafetos, o vice-prefeito Zé Alfredo, o qual saiu bastante desgastado politicamente dessa eleição.