A matéria dada em primeira mão pelo Portal 7Segundos, denunciando o uso da máquina pública para beneficiar pessoas de uma mesma família no município de Coruripe, dividiu opiniões entre operadores do Direito e eleitores de todo o Estado. O assunto logo virou polêmica a abriu um alerta para a mesma prática em outras cidades de Alagoas.

O texto, produzido com honestidade intelectual e imparcialidade, apresentou os nomes de três irmãos do prefeito Marcelo Beltrão que assumiram os principais cargos da gestão pública, publicou a informação repassada pela assessoria da Prefeitura, e destacou a opinião de um especialista da área.

Com muita propriedade, o advogado consultado pela reportagem foi claro ao enfatizar que a ato de Marcelo Beltrão é legal, conforme a Súmula Vinculante 13, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Secretário municipal é um cargo político e não configura nepotismo”, disse o operador do Direito.

Embora seja juridicamente legal, a atitude do gestor é, certamente, imoral. Além disso, preocupa pelo fato de Marcelo Beltrão demonstrar claramente que em Coruripe não há ninguém “de confiança” e capaz para assumir um cargo de secretário municipal. O fato confirma, ainda, que o prefeito que pregou ser “o novo” durante campanha eleitoral, está sendo norteado pela velha política.

Fato concreto é que Marcelo Beltrão começou a primeira semana dos seus quatro anos de mandato com o pé esquerdo. Isso se ele for concluir o mandato por completo, pois foi eleito deputado estadual por Alagoas e abandonou o cargo para ser prefeito. Há quem diga que ele poderá deixar a prefeitura para disputar o cargo de deputado federal para - por birra - tentar prejudicar o primo e principal adversário político, Marx Beltrão.

Entre legalidade e moralidade, Marcelo Beltrão não poderia se dividir nas entrelinhas dessas duas palavras que representam qualidades básicas e essenciais na vida de qualquer homem de bem e do bem.