Os jingles dos candidatos ao Governo de Alagoas já estão na boca do povo alagoano, tipo “chiclete”, como se chamam as músicas que você se pega cantando, sem perceber e, até mesmo, sem gostar. As letras e as melodias das músicas trazem um tipo de ritmo que fazem as pessoas dançarem. Mas o quem dá mesmo o tom da campanha são os discursos. Nestes primeiros dias em que os postulantes ao Palácio República dos Palmares saem às ruas, o Portal 7 Segundos fez uma análise das falas de Paulo Dantas, Fernando Collor, Rodrigo Cunha e Rui Palmeira. E já tem deles que discursam sem dó e podem aumentar o tom.

PAULO DANTAS
Na busca pela reeleição, Paulo Dantas se coloca como o candidato que trabalha, no sentido de acordar cedo. Outro tom de sua campanha é dar seguimento à gestão de Renan Filho, seu antecessor. Ele cita que sua gestão será bem próxima do povo alagoano e dos segmentos da sociedade. O candidato pelo MDB avisou que vai levar sua mensagem para toda o Estado, que também está centrado nos últimos dias no combate à violência e na promoção da paz.

“Um dos nossos compromissos centrais é fazer com que todos os projetos continuem levando melhoras para os alagoanos. Não quero que Alagoas ande para trás. Quero seguir trabalhando e entregando mais hospitais, mais UPAs. Promovendo a revolução econômica para gerar mais empregos e renda para os alagoanos. Nada vai parar em Alagoas. O meu governo vai valorizar ainda mais o servidor público, pois sou do campo popular e progressista. A valorização do funcionalismo é um dos nossos maiores compromissos”, disse Paulo Dantas, em discurso.

Além disso, o tom da campanha de Paulo Dantas trata de implementação e investimentos em políticas públicas, principalmente no sentido de humanizar ações de combate à violência à mulher.

FERNANDO COLLOR
Sob o tom da campanha do presidente Jair Bolsonaro, Fernando Collor tem usado uma estratégia diferente dos outros candidatos. O senador licenciado busca usar a linguagem do carisma para conquistar os votos dos eleitores. Além disso, o candidato ao Governo de Alagoas tem explorado a imagem de um tipo de “mito” que construiu, principalmente nos interiores do Estado.

Fernando Collor sempre se coloca como um candidato que vai trabalhar pelo povo alagoano e pede que contem com a força dele. Sempre estampando um sorriso largo, o senador licenciado intitula os alagoanos de: “meu povo”.

Na região do Agreste, onde tem intensificado sua campanha, Fernando Collor cita os investimentos que, segundo ele foram realizados, como a destinação de mais de R$ 60 milhões em investimentos para diversas áreas, como saúde, infraestrutura, agricultura familiar e educação. Além disso, ele afirmou ter destinado recursos que tornaram possíveis a ampliação do Hospital de Emergência do Agreste e o funcionamento de unidades e postos de saúde durante a pandemia de Covid-19, garantindo o atendimento de arapiraquenses e alagoanos que residem na região.

Fernando Collor afirmou também ter destinado uma emenda parlamentar de quase R$ 10 milhões para obras de revitalização do Lago da Perucaba.

RODRIGO CUNHA
Após ter dito que foi agredido pelo secretário de Estado e Prevenção à Violência, Kelman Vieira de Oliveira, Rodrigo Cunha direcionou discursos ao Paulo Dantas, exigindo a exoneração do integrante do secretariado do Governo de Alagoas. A partir deste fato, a fala do candidato pelo União Brasil tem como “tom”, o combate à violência. “"O estado que eu amo não pode ser o da política da bala e da corrupção”, disse o candidato pelo União Brasil.

Para se ter ideia das declarações voltadas para o combate à violência, o postulante ao Palácio República dos Palmares chegou a afirmar quem deve abrir a “caixa-preta’ dos crimes de mando ainda impunes e cometidos por poderosos em Alagoas. “Comparem, comparem e comparem antes de decidir. E, na dúvida, pesquisem e perguntem se eles se orgulham do passado. Quem for violento ou corrupto não merece a confiança do eleitor”, disse.

Em outras oportunidades, Rodrigo Cunha chegou a citar que destinou para Alagoas R$ 6 milhões em emendas para ações como o combate à Covid-19, compra de equipamentos de ultrassom e reabilitação, na Saúde, Espaço 4.0 do Ifal, na Educação, pavimentação e drenagem, em Infraestrutura, assim como recursos para tecnologia com a implantação do Internet Livre.

RUI PALMEIRA
Enquanto isso, Rui Palmeira busca lembrar os eleitores sobre sua gestão como prefeito de Maceió, durante dois mandatos. Além disso, o candidato do PSD ressalta ser ficha limpa e de ter sido transparente quando gestor da capital alagoana. Outro tom da campanha do candidato ao Governo de Alagoas é a promessa de implementação do Auxílio Alagoas, no valor de R$ 200,00, caso seja eleito.

Segundo alguns discursos, Rui Palmeira sempre ressalta que Maceió foi reconhecida como uma das capitais mais transparentes do Brasil. “Passei oito anos na prefeitura de Maceió, que sempre foi reconhecida como uma das capitais mais transparentes do Brasil”, ressaltou.

"Nossa gestão realizou o maior programa habitacional da história da capital. Foram construídas 10 mil casas, conseguimos o maior programa de infraestrutura de Maceió e conseguimos ser a capital do Brasil que mais avançou na educação por meio do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)", lembrou Rui Palmeira.