Politicando
Rodrigo Cunha contesta a criação da CPI da Braskem no Senado
O parlamentar argumenta que a investigação deveria ocorrer no âmbito estadual e municipal
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), leu a abertura do requerimento para a instalação da CPI da Braskem nesta terça-feira (24). A CPI foi pedida pelo senador Renan Calheiros (MDB), que vibrou com a leitura. Na ocasião, Rodrigo Cunha (Podemos) contestou a instalação da Comissão na Casa.
O senador Rodrigo Cunha argumentou que o tema da investigação é competência de estados e municípios e, portanto, não caberia intervenção do Congresso Nacional. Além disso, Rodrigo argumentou que o senador Renan Calheiros não deveria ser autorizado a participar da CPI.
“Pode alguém que tenha sido presidente da empresa investigá-la? Se o governador permitiu a exploração que causou o dano, pode seu pai estar aqui avaliando? Há uma confusão entre investigado e investigador”, questionou.
Renan foi presidente da Salgema, uma antecessora da Braskem, entre 1993 e 1994 e é pai de Renan Filho (MDB-AL), senador licenciado e governador de Alagoas entre 2015 e 2022.
Renan defendeu o propósito da CPI e criticou Rodrigo por colocar obstáculo à criação da comissão.
“O que a Braskem proporcionou a Maceió foi o maior acidente ambiental urbano de todos os tempos no mundo. Não é demais observarmos no Senado alguém preocupado em não haver investigação, para garantir a impunidade?”, disse Renan.
O presidente Rodrigo Pacheco indeferiu a questão de ordem apresentada pelo senador Rodrigo Cunha, argumentando que a proteção ao meio-ambiente é uma competência federal e que não se aplicam aos senadores regras de impedimento e suspeição no exercício dos mandatos. Rodrigo Cunha recorreu da decisão ao Plenário, mas isso não impede o andamento da criação e instalação da CPI.
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O objetivo do blog é analisar a conjuntura política na capital e no interior de Alagoas.
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