A greve nas universidades e institutos federais, pedindo aumento salarial para professores e servidores técnicos, tem sido utilizada por políticos mais ligados ao bolsonarismo para criticar o governo Lula (PT). Nomes que até o momento não levantavam a bandeira da defesa das universidades federais, agora pedem urgência na volta às aulas.

Em Alagoas, Leonardo Dias (PL), Cabo Bebeto e Caio Bebeto (PL) usaram suas redes sociais para ironizar os integrantes dos movimentos ligados à educação - que apoiaram Lula em 2022 - e também criticar a gestão do governo federal.

O vereador por Maceió, Leonardo Dias compartilhou em uma rede social uma reportagem onde mostra integrantes de um movimento ligado à educação culpando Lula pela permanência da greve e escreveu: “O amor de verão não durou nadinha”.

Já o presidente do PL Jovem, Caio Bebeto, foi à Universidade Federal de Alagoas (UFAL) comemorar um mês de greve. “Além de enfrentar aulas precárias, no momento, mais de 20 mil alunos só em Alagoas seguem prejudicados pelo atraso da greve porque o “pai da educação” deu reajuste zero para os professores em 2024 e ponto final. Com o desgoverno do Lula não tem diálogo”, escreveu em seu perfil.

Na sessão da última quarta-feira (29) na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o deputado Cabo Bebeto se mostrou preocupado com a greve no âmbito da educação federal e com a possibilidade de greve na educação estadual.

“Lamentável, porque estamos vendo a Educação do Estado e a Federal protestando e cobrando, aparentemente não sendo atendidas. São sindicatos que defendem os Governos estadual e federal”, disse.

Um dos sindicatos ligado aos Institutos Federais havia assinado um acordo com o governo federal para finalizar a greve. A Justiça Federal de Sergipe proibiu e suspendeu o acordo assinado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. A ação foi movida por um sindicato ligado aos professores das universidades federais, que estão interessados na reestruturação das carreiras.