A juíza Nathalia Viana, da 50ª Zona Eleitoral em Maravilha, no Sertão de Alagoas, intimou o candidato a prefeito Antônio Jorge Rodrigues, o Nino (Republicanos), para que ele prove sua desincompatibilização do cargo que ocupava na prefeitura do município no tempo determinado pela Lei Eleitoral, a fim de ser candidato. Conforme a Lei Eleitoral em vigor, todo(a) cidadão(ã) que ocupava cargo comissionado e pretendia ser candidato(a) nas eleições deste ano, teria que deixar o cargo quatro meses antes do pleito de outubro.

Na intimação, conforme processo número 0600152-43.2004.6.020050, expedida no último dia 21 e assinada pelo chefe do cartório eleitoral, foi citado que "o candidato apresentou, nos autos, apenas a prova da licença para a atividade politica".

Nino era chefe de gabinete da prefeita Conceição Albuquerque (Republicanos), que o indicou para lhe suceder, dentro de um projeto político do deputado estadual Antônio Albuquerque (Republicanos), que é irmão de Conceição.

Caso o candidato não consiga provar para a Justiça o ato de sua exoneração ele poderá ter o registro de candidatura cassado.

Em Maravilha, dois candidatos lutam pelo comando do Executivo. Nino, candidato apoiado pela atual administração, numa coligação que envolve também o PSD e que tem como candidato a vice Carlos Luiz Martins Marques (Republicanos) e, o professor da rede estadual de ensino, Jamis Luit Santana (PP), que tem como vice Igor Emmanuel (União Brasil).

As duas chapas, juntas, tem 42 candidatos a vereadores, que disputam nove vagas. 

Na última eleição municipal, em 2020, Conceição Albuquerque venceu o professor Jamis com uma mínima diferença de 179 votos.

Mas são as abstenções, que em 2020 foram 1.805 (23,05%), que podem influenciar nesta eleição. Apesar do candidato apoiado pela atual gestão afirmar que está na frente das pesquisas, embora nenhuma delas tenha sito registradas pela Justiça até o momento, grande parte dos 8.914 eleitores, não escondem a insatisfação com a dupla de candidatos que ainda não ofereceram perspectivas para o município que tem 2.632 pessoas que não concluíram o ensino fundamental, 1.619 não concluíram o ensino médio e 835 são analfabetos. Os dados constam no portal do Tribunal Superior Eleitoral. 

Faltando poucos meses para as eleições de 6 de outubro, o acirramento entre os dois grupos, tem exposto sérias denúncias que comprometem a atual administração, principalmente na área da saúde, onde a população tem reclamado de falta de medicamentos e médicos nos postos, escolas na zona rural funcionando em precárias condições, servidores sem reajustes, funcionários fantasmas e a não convocação dos aprovados no último concurso público.