Blog do Roberto Ventura
Verdadeiros abutres, covardes e desumanos
Um sentimento profundo de tristeza, angústia, decepção, uma dor no peito, o coração sangrando e a impotência de pessoas humildes e indefesas diante de um quadro dantesco, estarrecedor. Um sonho e uma esperança que foram brutalmente interrompidos e destruídos.
A situação das famílias que residiam nos assentamentos Lajeiro, Baixa Funda, Esperança e Grota da Rola - localizadas no munícipio de Messias - realmente é sentida por todos aqueles que têm, no mínimo, um senso de amor no coração e respeito ao próximo.
Há cerca de quinze anos, algumas famílias fixaram moradia em terras da Usina Utinga Leão, uma terra - diziam eles - improdutiva. Na verdade, o que essas famílias mais desejavam era construir seu próprio lar, ter o sonho de uma moradia digna.
É fato - e contra fatos não há argumentos - que as terras onde estavam vivendo essas famílias pertencem a Usina Utinga Leão. As pessoas que ali se instalaram sabiam que cedo ou tarde, teriam que devolvê-las aos seus legítimos proprietários, como de fato ocorreu.
Uma ordem judicial vinda da mais alta corte deste país - o Supremo Tribunal Feral – STF - assinada pelo ministro Paulo Barroso, determinou a reintegração de posse das terras aos proprietários da Usina Utinga Leão.
Vale salientar que, ao tomar conhecimento da decisão judicial e sabedor de que a reintegração seria realizada em poucas horas, o prefeito Marcos Silva colocou todo o aparato humano e material da prefeitura a disposição das famílias afetadas.
Todos conhecem a procedência, o estilo, a sensibilidade e a preocupação do prefeito Marcos Silva com os menos favorecidos e com as pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, o qual tem priorizado, sua administração à questão humanitária.
Assim, ao tomar conhecimento do fato, o prefeito determinou em caráter de urgência que todas as secretarias, departamentos e os mais diversos profissionais ficassem à disposição dos desalojados. A prefeitura utilizou de todos os meios possíveis e necessários para atender as demandas daqueles que tiveram que sair dessas terras.
Um apoio logístico jamais visto nessa cidade, onde cerca de cinquenta funcionários de diversas secretarias estiveram diuturnamente prestando apoio total, geral e irrestrito a essas famílias. Todas as secretarias estiveram com as atenções voltadas para acolher os desabrigados.
“Faremos tudo o que for possível para amparar e dá toda assistência a essas pessoas. Não medirei esforços para acolher de todas as formas essas famílias e estou colocando toda a estrutura de nossa administração a disposição dessas pessoas, independentemente de ideóloga político-partidária, porque isso é uma questão humana, de solidariedade, de amor ao próximo”, disse o prefeito.
As secretarias de Administração, Assistência Social, Educação, Saúde, Infraestrutura, Planejamento, Indústria e Comércio, Esporte, Cultura e a Segurança Municipal, fizeram um trabalho exitoso que ficará registrado nos anais desta cidade. Foi montada uma verdadeira operação de guerra para atender as demandas e necessidades às famílias afetadas.
Vários profissionais foram deslocados para atender as necessidades básicas da população que residiam nesses assentamentos: médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos em enfermagem, advogados, professores, motoristas, serviçais, cozinheiras e eletricistas.
As famílias ficaram alojadas nas escolas do município, onde foi dada toda a assistência possível e imaginária. Caminhões foram colocados à disposição para fazer as mudanças para outras localidades, principalmente, para aqueles que vieram de outras cidades, a exemplo de União dos Palmares, Branquinha, Rio Largo, Maceió, Murici, Flexeiras, Joaquim Gomes, Matriz do Camaragibe, Cacimbinhas, dentre outras.
O que mais me deixa indignado e estarrecido, tem sido a ação de oportunistas de plantão que não têm o mínimo de respeito diante da dor e do sofrimento dessa gente. Esses, são verdadeiros pilantras travestidos de salvadores da pátria tentando tirar proveito da boa-fé e, às vezes até, da inocência dos que ali viviam.
Pessoas tirando proveito da desgraça de centenas de famílias para promoção pessoal e, sobretudo, político. Uma falta de vergonha, de caráter e de sensibilidade sem precedentes.
Pessoas essas que, em nenhum momento, se preocuparam ou se preocupam com a situação dessas famílias, ao invés de serem solidários e procurar ajuda-las, tentam, de uma forma mesquinha, aventureira, covarde e desumana, tirar proveito político com mentiras, promessas mirabolantes e fantasiosas dizendo-se os salvadores da pátria.
Esses são os falsos profetas, verdadeiras bestas humanas, hipócritas, que tentam tirar vantagem de um povo sofrido, necessitado, desesperado, com o coração destruído, sem rumo, sem destino e que estão vivenciando os dias mais difíceis de suas vidas.
Esses seres humanos - se assim podemos chama-los - que se aproveitam da necessidade e muitas vezes da inocência dessas pessoas, não merecem o mínimo de respeito e, com certeza, serão julgados por seus atos de covardia e maldade.
Sobre o blog
Roberto Ventura: Bel. em Ciências Sociais ( Cientista Político), Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional