Bruno Fagundes e Reynaldo Gianecchini são par romântico em 'A Herança'
Espetáculo de seis horas, adaptado de montagem da Broadway, retrata diferentes gerações da comunidade gay americana
                            Bruno Fagundes chega ao Gênese: Estúdio de Criação, no centro de São Paulo, minutos antes de começar mais um ensaio de 11 horas de A Herança. Em quase um mês e meio de preparação, é a primeira vez do ator no local, recém-inaugurado. Ele olha para o chão demarcado com o mesmo tamanho do palco do Teatro Vivo, que recebe o espetáculo no dia 9 de março, e relembra a decisão de produzir a montagem americana no Brasil após assisti-la na Broadway em 2019.
"Essa é quarta peça que produzo e a mais ambiciosa de todas. Quando assisti a essa peça, fiquei absolutamente encantando com o texto. Foi uma das experiências teatrais mais intensas e profundas que vivi na vida. É muito raro encontrar uma peça que te toque em tantos níveis. A peça é um recorte da realidade que a comunidade lgbtqia+ de diferentes gerações enfrenta. É um recorte por dentro desta comunidade, que tem diversas possibilidades de existência. É um texto com várias camadas que abordam sexualidade, conversas geracionais, amor, perda, paixão... Fala das heranças dolorosas e positivas herdadas de outras gerações. Saí absolutamente transformado. Quando o espetáculo acabou, vi mães abraçando os seus filhos, muito emocionadas. Se eu puder plantar uma semente, mínima que seja, para que algo parecido com isso aconteça no Brasil, estou cumprindo a função social do meu trabalho como artista", analisa o ator de 33 anos.
Essa memória de Bruno foi o que motivou Reynaldo Gianecchini a separar um tempo em sua agenda cheia de novos projetos para ler o roteiro. Aos 50 anos, o ator, que estreou no final da década de 90 nos palcos, tem papéis desafiadores desde o fim de um período coletivo de isolamento social devido à pandemia.
"Quando o Bruno me ligou foi justamente na pandemia. Eu estava com um monte de projeto para ser iniciado após aquele tempo parado. Pensei que não fosse dar nem para eu ler. Mas o Bruno é muito querido, e li para poder dar um retorno. Quando li, fiquei maluco! Falei: 'Bruno, eu quero fazer de qualquer jeito. Nem sei como e quando vai dar, mas topo'. A gente nem tinha dinheiro. O governo Bolsonaro acabou com qualquer incentivo, mas o Bruno é danado e conseguiu um patrocínio rápido. Fui chamado agora em dezembro e me organizei para fazer. Quero muito contar essa história. Não sou nem o protagonista, mas amo meu personagem e amo contar essa história. É uma das coisas mais lindas que eu já fiz na minha vida. Estou muito feliz", celebra.
"Eu não conhecia o Giane de verdade, a gente se conhecia de vista. Conhecer o Giane ao longo do processo tem sido maravilhoso. O Giane é um amigo que vai ficar para a vida. Ele é um ator generoso, estudioso, dedicado e quer muito arrasar. Acompanho o trabalho dele e acho que este é o melhor trabalho dele até hoje. É um trabalho contundente, profundo e em um lugar que a gente nunca o vi antes", adianta Bruno.
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