Mesmo após temporada com poucos gols, Richarlison se garante como o 9 da Seleção Brasileira
Pombo só marcou uma vez neste ano e tem média pior do que vários atacantes não lembrados pelo técnico Ramon Menezes para os jogos contra Guiné e Senegal
Richarlison deve ser o escolhido pelo técnico Ramon Menezes para comandar o ataque titular da Seleção Brasileira no amistoso contra Guiné, neste sábado (17), na Espanha. Ainda que tenha se destacado na Copa do Mundo, realizada no fim do ano passado, o jogador não vem de uma boa temporada na Europa.
Em seu primeiro ano esportivo defendendo o Tottenham, da Inglaterra, foram apenas três gols marcados e três assistências em 35 jogos disputados. Para piorar, dois desses gols foram anotados no mesmo jogo, contra o Olympique de Marseille, da França, ainda pela fase de grupos da Champions League, em setembro do ano passado.~
Pombo ficou fora de 15 partidas dos Spurs no último ciclo europeu, duas por opção técnica, e foi titular somente em 17, atuando durante os 90 minutos em apenas três.
DISPUTA INTERNA
Convocados para as datas Fifa atuais, Pedro e Rony têm mais gols que Richarlison, com uma quantidade próxima de jogos disputados. Ainda que estejam na metade da temporada no Brasil, os atacantes de Flamengo e Palmeiras, respectivamente, possuem um volume maior em média de partidas, por conta dos campeonatos estaduais.
Assim, Pedro já tem 24 gols marcados, sete vezes mais do que o centroavante do Tottenham na temporada passada inteira. Rony, por sua vez, já foi às redes nove vezes, o triplo que o provável titular da Seleção Brasileira.
O que joga a favor de Richarlison neste ponto é o nível entre os campeonatos disputados. O Pombo jogou Premier League e Champions League, enquanto Pedro e Rony disputaram Estaduais (Carioca e Paulista), Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores.
Por outro lado, até mesmo outros atacantes que estão na lista do técnico Ramon Menezes, mas que não atuam como centroavante, possuem mais gols que o camisa 9 da Seleção. É o caso de Malcom, por exemplo. Autor do gol que deu o último título olímpico ao Brasil, em 2021, o atleta do Zenit, da Rússia, marcou 26 gols e deu seis assistências em 33 vezes que esteve em campo.
Em ligas de maior expressão, os representantes da dupla brasileira no Real Madrid, Rodrygo e Vinícius Jr., também marcaram bem mais do que o jogador do Tottenham, ainda que também tenham jogado mais. No caso do Raio, foram 19 gols e 10 assistências em 57 jogos, uma média de 0,33 gols por jogo e de 0,50 nas participações em bolas na rede do clube merengue. Já Vini, marcou 23 vezes e deu 19 assistências, uma média de 0,41 gols e 0,76 participações diretas nas vezes em que o Real foi às redes.
Enquanto isso, Richarlison teve média de 0,08 gols por jogo na temporada e 0,17 em contribuições nos gols dos Spurs.