Estado não fornece remédios e médico denuncia estratégia para economizar recursos
Pacientes com doenças graves estariam enfrentando dificuldades para seguir tratamento

Pacientes que fazem uso de medicamentos fornecidos pela Central de Assistência Farmacêutica do Estado estão vivendo um drama. Muitos não estão conseguindo receber os medicamentos necessários para dar andamento ao tratamento de doenças graves. O médico neurologista, Fernando Gameleira denunciou uma suposta estratégia do Governo que estaria sendo utilizada para dificultar o acesso dos pacientes aos remédios. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) rebateu as acusações.
A equipe da TV Ponta Verde foi até a Central, mas acabou impedida de entrar no local para conversar com os pacientes. Do lado de fora, a falta de repasse de medicamentos importantíssimos se confirmou. Uma mulher, identificada como Josefa, viajou de Taquarana para Maceió pela quinta vez em busca do remédio para o tratamento da mãe com câncer e mais uma vez voltou para casa sem obter êxito.
“Mais uma viagem perdida e não sei quando vou conseguir, porque me deram o telefone para ficar ligando. Agora a gente mora longe e fica nessa luta”, contou estando com uma ordem judicial em mãos, que obriga o Estado a fornecer a medicação.
O jornalista Carlos Miranda, é portador da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa e sem cura. Para tentar minimizar o avanço, ele precisa fazer uso duas vezes por dia de um medicamento que custa R$1.200. O fornecimento na Central de Assistência Farmacêutica do Estado deste medicamento foi suspenso há três meses.
“O laboratório que fornecia o medicamento foi descredenciado, não sabemos o motivo, mas foi descredenciado. E agora existe todo um processo de nova licitação, para nova aprovação, para nova aquisição, para que enfim ele seja distribuído a população necessitada”, explicou Keyner Miranda, filho de Carlos Miranda.
O médico Fernando Gameleira afirmou, em entrevista a Tv Ponta Verde, que o Estado estaria exigindo exames caríssimos para entregar os medicamentos. Essa seria uma estratégia adotada para dificultar o acesso dos pacientes e reduzir despesas.
“Essa exigência visa dificultar o acesso dos pacientes aos medicamentos e assim economizar recursos para o sistema de saúde, que todos nós sabemos que passa por dificuldades financeiras”, pontuou.
O Ministério Público do Estado (MPE/AL) vem acompanhando as denúncias diante das dificuldades no repasse dos medicamentos na Central e após impetrar uma ação civil pública, conseguiu uma decisão judicial obrigando o fornecimento para todos os pacientes cadastrados. Ainda assim, muitos continuam sem acesso e estão tendo dificuldades graves em dar andamento aos tratamentos de saúde.
Por meio de nota, a Sesau rebateu todas as acusações e garantiu que está obedecendo um processo legal, determinado pelo Ministério da Saúde.
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