O governador Renan Filho (PMDB) afirmou, em entrevista à imprensa, na manhã desta segunda-feira (01), em visita à Arapiraca, que as negociações com os servidores da Educação estão totalmente abertas ao diálogo. Os servidores decidiram paralisar as atividades por 72h, desde a última quinta-feira (28), para cobrar o cumprimento da data-base e aumento percentual do piso do magistério. 

Renan Filho explicou a real situação de Alagoas e afirmou que, no Brasil, onze estados estão sem pagar salários. "Se a gente fizer uma negociação que não possa cumprir, instala-se o caos, porque o governo que não paga salários, nada funciona, de maneira que estamos conversando com serenidade para que a gente possa assumir o compromisso e honrar (sic)", disse o governador.

Mobilização

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), comunicou que até o momento nenhuma proposta foi apresentada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) a respeito do reajuste salarial da categoria. A categoria afirma ainda que os servidores vêm recebendo ameaças da Seduc.

O movimento lançou uma campanha em fevereiro, e desde então tenta negociar com o governo, que resiste em apresentar qualquer tipo de percentual de reajuste. O secretário da Educação, Luciano Barbosa, justificou que um projeto de lei que tramita em Brasília a respeito das negociação das dívidas dos estados com o governo federal impede qualquer tipo de reajuste e que somente ao resolver as pendências é que poderá realizar algum tipo de acordo com os servidores.

Na próxima quarta-feira (03), os servidores farão uma assembleia com o sindicato para discutir se continuam as paralisações por tempo indeterminado ou se retornam aos serviços. A assembleia está marcada para às 9h, na sede da Sinteal, localizada no bairro no Espaço Cultural Professora Jarede Viana, no bairro Mutange, em Maceió.