Uma pesquisa do Instituto Fecomércio Alagoas de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (Instituto Fecomércio/AL) demonstra que, neste final de ano, 72% dos maceioenses pretendem presentear no Natal. A forma como os entrevistados utilizarão o 13º salário também foi abordado pelo estudo realizado entre os dias 24 e 28 de novembro em diversos pontos da capital. 

No universo dos que irão fazer compras natalinas, 43,30% presentearão os filhos, 36,59% darão presentes aos cônjuges, 8,94% irão se autopresentear e apenas 2,23% comprarão algo para os amigos. De acordo com a pesquisa, 26% dos entrevistados disseram que não presentearão no Natal, enquanto 2% ainda não de decidiram. 

O Centro de Maceió será o local escolhido por 23,18% dos consumidores, permanecendo os shoppings na preferência de 66,20% dos entrevistados na hora das compras. As compras online, apesar de terem registrado crescimento na pesquisa de 2015 (3,8%), serão a escolha de 2,79%. Os supermercados (1,40%) e as lojas de rua/bairro/galeria (0,28%) também serão procurados.

Com 71,23%, os itens de vestuário serão os produtos mais procurados pelos consumidores. Já os livros, que em 2015 ocuparam a quinta posição na preferência dos consumidores, será a opção para 8,10%, ficando em segundo lugar. Em seguida vêm os calçados (4,19%), brinquedos (3,63%), eletroeletrônicos (3,35%) e perfumes/cosméticos (1,96%). Óculos/relógio, artigos esportivos, artigos de decoração e celular/smartphone aparecem empatados com 0,56% da preferência, cada um. Computador e notebook serão a escola para 0,28%, enquanto 5,03% optarão por outras opções de presentes.

Repetindo a tendência do ano passado, a maioria dos entrevistados pretende desembolsar acima de R$ 400 (36,87%) com presentes. A faixa compreendida entre R$ 51 e R$ 100 será a opção para 15,92%; 12,01% gastarão entre R$ 151 a R$ 200; 11,45% entre R$ 251 a R$ 300. A variação de preço entre R$ 101 e R$ 400 responderão, juntos, por 11,74% dos entrevistados. O valor de R$ 50 será gasto por 2,79% dos entrevistados.

De acordo com o Instituto Fecomércio, o pagamento à vista em dinheiro aparecerá como opção para 51,96% dos consumidores, seguido pelo cartão de crédito, seja via parcelamento (34,92%) ou no rotativo (1,40%). Para 10,61%, o pagamento acontecerá por meio do cartão de débito (à vista).

O preço (30,17%) continua entre o principal motivo que levará o consumidor a escolher o local da compra, seguido pela proximidade (15,36%), qualidade dos produtos (13,97%), variedade (10,08%), promoções (8,10%), conforto (6,98%), a recepção dos vendedores (4,19%) e a praticidade (1,96%). Ainda de acordo com o levantamento, 8,38% dos consumidores saem de casa sabendo onde irão comprar.

Na análise do assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, em comparação com o ano passado, a intenção de consumo para o Natal é 3 p.p. (pontos percentuais) menor, indicando que “a renda e o emprego sofreram depressão e as perdas de 2015 ainda não foram recuperadas”.

De acordo com Rocha, o fato de os filhos e cônjuges serem os mais presenteados neste ano (43,30% e 36,59%, respectivamente), diminuindo as distribuições de presentes entre amigos e parentes, explica-se pela realidade econômica. “Com a renda mais reduzida, o maceioense busca àquele mais próximo e evita presentear parentes distantes e amigos, para controlar gastos”, avalia. Mas o especialista faz uma ressalva: “assim como em 2015, o conjunto somado de presentes trará um montante acima de R$ 400,00”, observa. 

A tendência para os itens de vestuário serem os mais procurados é, segundo ele, reflexo da Black Friday, que antecede as vendas de Natal. “As pessoas dão preferência para comprar eletrônicos, celulares, perfumes e outros itens durante a Black Friday. Por isso, os produtos mais procurados serão roupas novas para o Natal e para as festas de final de ano”, analisa.

Décimo terceiro

De acordo com o levantamento do Instituto Fecomércio, 61% dos consumidores receberão o pagamento do 13º salário, 38% não terão o benefício e 1% não soube dizer. 

Assim como no ano passado, a maioria dos entrevistados (29,18%) irão pagar contas em atraso com dinheiro extra no orçamento; 20,66% pouparão; 19,02% usarão nas compras natalinas e 16,72% reservarão para quitar despesas de início de ano, como IPTU e matrícula escolar. Para 5,25% o décimo será investido em viagem/féria e, para 4,26%, ajudará na reforma residencial. 2,62% dos entrevistados não souberam dizer como usariam o dinheiro.