Após resistência, Temer escolhe retrato oficial de seu mandato
O presidente Michel Temer escolheu o retrato oficial de sua administração à frente do Palácio do Planalto. Inicialmente, em conversas reservadas, ele demonstrava resistência em posar para a foto, por ser contra o que chamou de "culto à personalidade".
Em outubro, contudo, ele foi convencido da importância simbólica de fazer uma fotografia oficial com a faixa presidencial. Nas palavras de um assessor do peemedebista, é um gesto importante para reafirmar que ele é presidente legítimo, evitando reforçar o discurso da oposição de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe.
O peemedebista posou para o fotógrafo Orlando Brito e a produção e a direção ficaram a cargo do publicitário Elsinho Mouco, marqueteiro há mais de quinze anos do PMDB.
"A intenção da foto é passar serenidade e confiança. É tudo o que se espera de um líder que está no comando e tem a missão de tirar o país do caos e resgatar a esperança. Não é um culto à personalidade, mas um compromisso com a ordem e o progresso", disse Mouco à Folha.
Ainda com a escolha da foto, o presidente não decidiu se ela será colocada em gabinetes ministeriais ou prédios públicos, como seus antecessores à frente do Palácio do Planalto.
Ele também desistiu de incluí-la na galeria presidencial, no Palácio do Planalto. Em outubro, a assessoria de imprensa da Presidência da República havia informado que ele cogitava pendurá-lo, mas o peemedebista abriu mão por enquanto.
Ao assumir o comando do Palácio do Planalto, em 2011, um retrato colorido de Dilma Rousseff foi colocado na galeria de presidentes, mas ela pediu na época para retirá-lo.