Com clima tenso no PSL, Bolsonaro chama reunião com bancada em Brasília
O objetivo, segundo parlamentares, é apaziguar os ânimos após brigas internas

Com clima tenso na bancada do PSL na Câmara, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve fazer uma reunião com os parlamentares eleitos na próxima quarta-feira (12).
Segundo parlamentares ouvidos pela reportagem, o objetivo é apaziguar os ânimos na segunda maior bancada da Casa, com 52 deputados eleitos.
A assessoria do presidente eleito afirma que a agenda da próxima semana está em análise, mas deputados eleitos confirmaram que um encontro foi marcado para o dia 12.
A disputa interna pelos postos de liderança do governo e de liderança do partido têm atiçado os ânimos entre os parlamentares, mesmo aqueles que ainda não assumiram mandato.
Nesta quinta-feira (6), protagonizaram brigas no grupo de WhatsApp da bancada o líder atual, Eduardo Bolsonaro (SP), a deputada eleita Joice Hasselmann (SP) e o senador eleito Major Olímpio (SP).
Na conversa, o filho do presidente eleito chama a deputada de "sonsa" e diz que ela tem "fama de louca". Joice, por outro lado, o acusa de mandar "recadinhos infantis".
Parlamentares dizem reservadamente que a deputada eleita, que já afirmou que há grandes chances de ser a líder do governo, está isolada.
Teria sido para ela o recado de Eduardo no Twitter na quarta-feira (7), em que disse que "apenas os deputados que estão exercendo mandato tem autonomia para fazer articulações no Congresso".
Joice afirmou que o fato de Eduardo ser filho do presidente pode criar uma "vidraça" para o partido, o que gerou reações de correligionários próximos ao atual líder.
Segundo o deputado Delegado Waldir (GO), que tem atuado na prática como líder na Câmara, já que o parlamentar de São Paulo tem cumprido agendas externas com o pai, não há impedimento para que Eduardo siga no comando do partido na Casa.
"Aqueles que dizem isso estão plantando a discórdia, por ciúmes", afirmou à reportagem. Ele também disse que é necessário "respeitar a hierarquia", mas botou panos quentes e chamou de "debate de alto nível" a discussão ocorrida no grupo.
Nesta sexta (7), novas tensões entre os deputados surgiram no aplicativo de troca de mensagens. Após mensagens de apoio a Eduardo e Waldir, Joice reagiu chamando os colegas de cínicos.
"É muito cinismo. Ainda bem que tenho provas do passado", escreveu. "Não apago um único WhatsApp. As pessoas mudam, eu não. JB tbm não", disse.
A deputada eleita Carla Zambelli (SP) respondeu com um vídeo em que a futura colega diz que é a única candidatura chancelada por Bolsonaro, e ironizou: "faça o seu trabalho e me esqueça, vc é a mulher de 1 milhão de votos, a única chancelada pelo Jair, eu sou só uma ativista que não tem onde cair morta, segundo você".
Em evento em São Paulo, Major Olímpio também disse que Joice está isolada. "Não há conflito de todos contra um, é só um se adequar", disse a jornalistas.
A reportagem tentou entrar em contato com a deputada eleita Joice Hasselmann, mas não obteve resposta. Com informações da Folhapress.
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