Jovem saudita que fugiu da família por medo de ser morta está sob cuidados da ON
Mulher procura refúgio na Austrália ou outro país ocidental após fugir da família. Ela foi detida em um aeroporto na Tailândia.
A jovem saudita que se trancou em um hotel no aeroporto de Bangcoc, na Tailândia, está "sob cuidados da ONU", informou a agência France Presse nesta segunda-feira (7). A mulher de 18 anos, identificada como Rahaf Mohammed al-Qunun, disse à BBC que fugiu por temer voltar à Arábia Saudita e ser morta pela família. Ela disse ter renunciado ao islamismo, uma das razões para a perseguição.
O chefe da imigração da Tailândia, Surachate Hakparn, disse que o país "não a forçaria a sair". Al-Qunun seria autorizada a ficar no país, segundo a agência AFP, depois de um encontro com representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Ela poderá ficar em território tailandês, temporariamente.
"A Tailândia é um país de sorrisos. Nós não vamos deixar ninguém morrer", disse Sucharate. "Nós vamos tomar conta dela da melhor maneira possível".
Sucharate também informou que a jovem pretende pedir asilo em algum outro país. Imagens mostram a saída dela, escoltada, do aeroporto, mas não está claro o local aonde ela foi levada.
Em nota, o Acnur confirmou o atendimento à jovem saudita, e disse que ela deve ter direito ao asilo por correr risco de vida caso retorne ao país de origem. A entidade vinculada à ONU, porém, não forneceu mais detalhes por questões de "confidencialidade e proteção" à vítima.
Entenda o caso
Mohammed al-Qunun passava férias com a família no Kuwait, país no Oriente Médio vizinho à Arábia Saudita. De lá, ela comprou uma passagem para a Austrália e fugiu. Foi retida, porém, enquanto fazia conexão em Bangcoc, capital da Tailândia.
Segundo ela informou à BBC, um diplomata saudita apreendeu o passaporte dela ao desembarcar do aeroporto internacional de Bangcoc no domingo. Acredita-se que as autoridades do país árabe entraram em contato com as equipes de imigração na Tailândia.
Ainda de acordo com a BBC, a embaixada da Arábia Saudita em Bangcoc afirma que Mohammed al-Qunun estava detida no aeroporto "porque não tinha passagem de volta" e que deve ser deportada para o Kuwait "onde vive a maior parte de sua família".
"Parece que o governo tailandês está criando um enredo de que ela tentou pedir um visto e foi negado... na verdade, ela tinha uma passagem para a Austrália, ela não queria entrar na Tailândia para início de conversa", afirmou Robertson, da Human Rights Watch, à BBC.
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