Sob grande comoção, o corpo do ex-deputado João Beltrão, foi sepultado no domingo (22), no cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Maceió. Segundo seu filho,o deputado federal Marx Beltrão, era desejo de seu pai ser sepultado no jazigo da família, junto dos avôs de Marx. 

Ele morreu no último sábado (21), aos 64 anos, na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. João Beltrão lutava contra um câncer de próstata e também sofria de diabetes. Centenas de pessoas, entre familiares, amigos, autoridades e correligionários lotaram o cemitério para dar o último adeus a João Beltrão. Ao deixar o caixão do pai no jazigo, o filho Marx Beltrão disse: "Esse é o nosso velho. Esse é de Coruripe".

João Beltrão iniciou a vida pública como prefeito de Coruripe ainda na década de 80. Pouco tempo depois ganhou notoriedade e espaço político, até que foi convidado pelo ex-governador Divaldo Suruagy para a Secretaria Estadual do Trabalho e Ação Social. Foi também deputado estadual por seis mandatos consecutivos (1994-2018). Em seu último mandato, ainda no primeiro ano, precisou se afastar para tratamento de saúde e ficou quase toda a legislatura longe do poder. 

O presidente do Partido Republicano de Ordem Social (PROS) em Alagoas, Eduardo Rossiter, compareceu ao sepultamento representando o partido e o senador da República Fernando Collor de Mello (PROS) . "Uma grande perda, um grande político, um cara sempre presente com o seu povo, na sua maioria, do Litoral Sul, mas deixa representantes na política. Seu irmão, seus filhos, sua filha, sobrinhos".

Rossiter destacou o legado deixado por João Beltrão e ressaltou que foi uma perda bastante sentida pelo senador Fernando Collor. "O grande ensinamento que ele deixa é que ele era muito fiel aos seus amigos, aos seus princípios e ao seu povo. Homem forte, de palavra. Para o senador,  foi uma grande perda, ele foi um grande amigo. Collor e João Beltrão sempre foram amigos, desde o início da vida pública", revelou.