Hamilton Mourão diz que não existe racismo no Brasil
Declaração é dada no Dia da Consciência Negra.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra, que não existe racismo no Brasil. A declaração foi dada quando ele comentou a morte de João Alberto Silveira Freitas, que foi espancado por seguranças no estacionamento de um supermercado Carrefour.
A jornalistas, Mourão lamentou a morte de Freitas e disse que o episódio foi provocado por uma equipe de segurança "totalmente despreparada". Ao ser questionado se o crime pode ter sido por motivado por questões raciais, o vice afirmou que não existe racismo no país.
"Não, para mim no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar, isso não existe aqui. Eu digo pra você com toda tranquilidade, não tem racismo", ressaltou Mourão.
O vice continuou então dizendo que racismo existe em outros países, como nos Estados Unidos. Acrescentou ter morado naquele país na década de 1960 e, com base nessa experiência, pode concluir que não existe um problema racial no Brasil.
"Morei dois anos nos Estados Unidos, racismo tem lá. Na minha escola, o pessoal de cor andava separado. Isso eu nunca tinha visto no Brasil. Saí do Brasil, fui morar lá, era adolescente e fiquei impressionado com isso aí."
"Aqui não existe. Aqui, o que você pode pegar e dizer é o seguinte: existe desigualdade. Isso é uma coisa que existe no nosso país. Nós temos uma brutal desigualdade aqui, fruto de uma série de problemas, e grande parte das pessoas de nível mais pobre, que tem menos acesso aos bens e as necessidade da sociedade moderna, são gente de cor", concluiu Mourão.
João Alberto Silveira Freitas morreu após ser espancado no estacionamento de um supermercado Carrefour, na zona norte de Porto Alegre. Ele teria discutido com uma caixa do supermercado e sido levado para fora do estabelecimento.
Vídeos nas redes sociais mostram cenas em que dois homens derrubam Freitas, e um deles lhe dá vários socos na cabeça. Em outro vídeo, os dois homens imobilizam no chão a vítima, já ensanguentada, enquanto uma funcionária tenta evitar a gravação e afirma que Freitas havia batido numa fiscal.
Dois suspeitos pelo crime, ambos brancos, de 24 e 30 anos de idade, respectivamente, foram presos em flagrante. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.
O Carrefour afirmou, em nota, lamentar profundamente o caso, tendo iniciado rigorosa apuração interna e tomado providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente. A empresa atribuiu a agressão aos seguranças, chamou o ato de criminoso e anunciou o rompimento do contrato com a empresa responsável pelos funcionários.
Veja também
Últimas notícias

Motoqueiro é flagrado fazendo manobras perigosas em Maragogi

'Vírus' espião infecta PC e registra tudo o que você digita

Prefeitura de Penedo destina mais de 26% do orçamento para a saúde

Família procura por cão desaparecido em Arapiraca e oferece recompensa

Homem é preso suspeito de agredir esposa em Maceió; mulher precisou de quatro pontos na cabeça

Mulher organiza rifa solidária para custear cirurgia urgente do filho em Arapiraca
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
