Polícia

PC desarticula quadrilha especializada no “golpe do motoboy” em AL e outros estados

Investigação foi conduzida por meio da DEIC

Por 7Segundos 03/12/2020 10h10 - Atualizado em 03/12/2020 13h01
PC desarticula quadrilha especializada no “golpe do motoboy” em AL e outros estados
Polícias Civis de quatro estados deflagram a denominada Operação Potoqueiro - Foto: Assessoria

As Polícias Civis de Alagoas, São Paulo, Sergipe e Maranhão deflagraram, nesta quinta-feira (3), a denominada ‘Operação Potoqueiro’ destinada a coibir o chamado "golpe do Motoboy". Até o momento, 9 pessoas foram presas.

Em Alagoas, a investigação foi conduzida por meio da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), sob a coordenação dos delegados Gustavo Henrique e José Carlos Santos.

Ao todo, a operação está cumprindo 20 mandados de prisão e de buscas domiciliares nos quatros estados. Dois desses mandados de prisão foram cumprindos pela DEIC em Maceió.

Além disso, durante as investigações que duraram aproximadamente oito meses, a Polícia Civil de AL prendeu — em flagrante e em ações pontuais — mais sete pessoas que participavam do esquema criminoso. Elas foram detidas quando aplicavam o golpe em Maceió e outras cidades de Alagoas.

Os mandados de prisão e busca foram expedidos pelo colegiado da 17ª Vara Criminal da Capital, em Inquérito Policial instaurado em Alagoas que apura centenas de crimes de furto mediante fraude, uso de documentos falsos, lavagem de capitais e organização criminosa.

Durante a operação, foram apreendidos dinheiro, maquinetas, anotações com contabilidade do grupo, além de outros objetos relacionados aos crimes praticados.

O crime


Para se ter uma ideia do rombo causado pela quadrilha, só durante a investigação mais de cem pessoas foram lesadas, resultando num prejuízo de cerca de 1,3 milhões de reais.

O delegado José Carlos, integrante da equipe da DEIC da PCAL, explicou que os criminosos obtinham ilegalmente dados bancários, sobretudo de pessoas idosas, simulavam falsas centrais de cartões de crédito e convenciam as vítimas de que seus cartões teriam sido clonados, diante do que seria necessária a troca imediata do cartão.

"Sob a falsa alegação de necessidade de perícia ou investigação criminal, os criminosos enviavam integrantes do grupo até a casa das vítimas para recolher os cartões que acabavam tendo os limites de crédito zerados e todo saldo em conta sacado pelos envolvidos no golpe", explicou.

Para o delegado Gustavo Henrique, essa é uma operação importante, pois conseguiu desmantelar organização criminosa que aplicava o golpe em diversos estados da federação, fazendo vítimas, especialmente pessoas idosas em razão da maior vulnerabilidade.