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Integrantes de acampamento acusam Prefeitura de Atalaia de cortar água para despejá-los

Policiais da Polícia Militar e PRF foram acionados até o local

Por 7Segundos 22/02/2021 11h11 - Atualizado em 22/02/2021 11h11
Integrantes de acampamento acusam Prefeitura de Atalaia de cortar água para despejá-los
Integrantes de acampamento bloqueiam BR-316 por falta d’água e ameaça de despejo - Foto: Cortesia

Os integrantes do acampamento Marielle Franco, no município de Atalaia, bloquearam a rodovia BR-316, na manhã desta segunda-feira (22), em protesto contra a falta de água que atinge a região há 20 dias.

Policias da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados até local. Os manifestantes utilizaram pneus para bloquear os dois sentidos da rodovia.

Para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o corte de água é uma estratégia para pressionar as famílias deixarem o local. Na semana passada, a Prefeitura de Atalaia registrou um boletim, pois, de acordo com município, o terreno será destinado à construção de uma empresa.

Em entrevista ao 7Segundos, Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, disse que a Prefeitura de Atalaia deveria usar meio legais para reivindicar a terra. De acordo com ela, o movimento recebeu a informação de que o Município ainda não possui documentação da propriedade.



“Usou o que há de mais cruel, suspender o fornecimento de água para as famílias em um momento de pandemia. A própria Prefeitura de Atalaia orienta higienização, seguir o protocolo da OMS. Vai se discutir a terra na esfera da Justiça, mas não se pode usar isso [corte de água] como moeda de troca. Negar água é um crime”, disse.

Por sua vez, a Prefeitura de Atalaia informou, em nota, que parte do terreno em questão encontra-se sem fornecimento de água e depende de um carro-pipa que está quebrado, “sendo necessário que se construa poços”.

O Município diz que um boletim de ocorrência foi registrado para que as famílias sejam remanejadas para outro local, na mesma área, pois “ocupam o local de maneira irregular e o terreno será sede de uma empresa que vai ofertar 400 empregos para a cidade”.