Por maioria de votos, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) acatou, na manhã desta quinta-feira (24), o pedido de habeas corpus da defesa do tenente-coronel da Polícia Militar (PM/AL) Antônio Marcos da Rocha Lima e expediu o alvará de soltura.

Rocha Lima foi preso no dia 22 de julho do ano passado. Ele teve a prisão preventiva decretada após ser indiciado pela Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) pelo homicídio de Luciano de Albuquerque Cavalcante, de 40 anos, ocorrido em 25 de outubro, na Avenida Ministro Lindolfo Collor, no Conjunto Village Campestre II, bairro da Cidade Universitária, em Maceió.

Para o Ministério Público, o tenente-coronel Rocha Lima teria fornecido as munições para o cometimento do crime, uma vez que o mesmo foi comandante do Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE) e do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), locais que receberam munições com lote BLK 43, calibre .40, utilizadas no assassinato.

Relembre o caso

O crime ocorreu porque Luciano Albuquerque havia prometido vender um terreno, na Forene, ao PM aposentado José Gilberto e que, após essa negociação ter sido combinada entre os dois, o militar teve despesas de cerca de R$ 3 mil com documentos relativos a esse lote, só que a vítima, apesar de receber constantes cobranças, não teria honrado com o pagamento da dívida.

A vítima foi baleada enquanto estava no próprio carro, um Voyage branco de placa QLJ 3302/AL. Os tiros foram deflagrados pelos acusados José Gilberto, Wagner Luiz e Gilson Cavalcanti, os quais já estavam seguindo-a em um veículo VW Voyage, cor branca, com engate, vidros fumê, placa QLJ-3302, tendo ao volante o denunciado Wagner Luiz, conhecido ‘informante’ da polícia.

Mesmo atingido, Luciano Albuquerque conseguiu sair com o veículo desgovernado e, ao pular do carro, os denunciados desceram e terminaram de matá-la, deflagrando cinco disparos de arma de fogo.