O ex-prefeito de Maceió, Rui Palmeira (Podemos), concedeu na noite desta segunda-feira (05), uma entrevista ao Programa Na Mira da Notícia, apresentado por Ângelo Farias. O ex-chefe do executivo de Maceió, falou sobre sua gestão e possível candidatura para 2022. 

Rui Palmeira destacou que durante seu mandato de oito anos, milhares de casas populares foram entregues, além dos projetos que compõe o programa Nova Maceió.  "Acredito que a gente conseguiu ultrapassar diversos obstáculos, fazer diversas entregas para nossa cidade. Foram mais de 10 mil casas populares, entregamos 17 novas creches, tiramos Maceió da vice-laterna das capitais nordestinas do IDEB ( Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), deixando-a na 4ª colocação a frente da cidade do Recife, bem pertinho do 3º colocado que é Salvador. Maceió era a única capital que não tinha UPA e nós entregamos a UPA Trapiche e Benedito Bentes, que continuam funcionando muito bem no sistema de organização social. Claro que eu gostaria de ter feito muito mais, porém eu fiquei feliz com esses oito anos que foram bastante duros. Como se não bastasse no final do nosso segundo mandato veio a questão do bairro do Pinheiro e todo o drama causado pela mineração da Braskem. Ano passado ainda enfrentamos o primeiro ano de pandemia da Covid-19, finalizamos com bastante problemas, mas ainda assim a gente nunca foi de abaixar a cabeça, sempre buscamos trabalhar com as armas que nós tínhamos e trazer as soluções na medida do possível", destacou o ex-prefeito. 

O ex-chefe do executivo de Maceió, comentou sobre as principais frustrações enfrentadas em sua gestão. "Eu diria que a principal frustração foi não ter entregue o 'De frente para a Lagoa'. Deixamos a obra em andamento, certamente a atual gestão vai entregar , o mais difícil era o espaço para construir os apartamentos, porque muita gente já tentou, tirou a população das favelas da beira da lagoa e jogou em regiões mais afastadas e as pessoas acabam voltando e as favelas também voltavam para aquela área. São quase 1.800 apartamentos, área de lazer, toda uma estrutura para aquela comunidade e quando a favela for removida a nova pista vai passar margeando a lagoa. Eu lamento muito não ter entregue aquela obra, mas deixamos a semente plantada. Em relação ao Salgadinho, é uma coisa que se arrasta há décadas, a gente dentro do programa Nova Maceió fizemos um projeto que deve está na fase final de licitação, é impossível despoluir o salgadinho, mas a gente vai minimizar bastante com esse projeto que deixamos garantido", explanou.

Sobre a falta de candidatos para exercer o cargo de governador em Alagoas, o ex-prefeito falou sobre a possibilidade de se candidatar. "Sinceramente se depender de mim, serei candidato a governador. Obviamente é uma candidatura majoritária, principalmente ao governo, mas não depende só de vontade própria, então eu estou trabalhando a candidatura a Deputado Federal. Mas se lá na frente, a gente tiver uma reunião de partidos, de grupos que viabilizem uma candidatura estarei com certeza entrando nessa luta", prontificou-se.

No atual cenário político do Brasil, Rui Palmeira comentou sobre a possibilidade de existir outros nomes para concorrer ao cargo de Presidente do País " É um cenário muito ruim porque é uma agressividade sem tamanho, comunista para um lado, fascista para o outro e isso não vai levar o país a lugar nenhum. Acho que os candidatos a Presidente tem que está debatendo qual será a saída e as expectativas para a retomada econômica do país no pós-Covid. Acho que essa é a grande questão a ser debatida e ninguém está debatendo, fica nesse discurso vazio que não vai levar o Brasil a lugar nenhum. Sinceramente espero que tenhamos outras opções para presidente, seja no campo de esquerda ou direita, de centro; para que a gente possa quebrar essa polarização que no meu entendimento é muito ruim", disse.

A possível saída de Renan Filho do Governo para concorrer ao Senado também foi comentada pelo ex-prefeito. "Acho que o governador tem hoje uma decisão muito difícil, se permanece até o final de seu mandato ou se vai renunciar para disputar o Senado. Eu imagino que o governador deva está diante de uma decisão difícil, todo mundo sabe que hoje o Estado tem muito dinheiro em caixa, muita obra em andamento, certamente o governador gostaria de entregar essas obras sobretudo no último ano. Por outro lado há uma possibilidade que se ele for disputar o Senado é um candidato muito forte, mas é realmente uma questão difícil, só perguntando para ele" comentou.