PMs mulheres são despejadas de alojamento e passam a usar banheiro coletivo
As policiais perderam o alojamento para que duas aspirantes ocupassem as dependências sem terem de dividir o espaço com as praças
Um grupo formado por oito policiais militares mulheres foi despejado do alojamento feminino que ocupava nas dependências do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do Distrito Federal, responsável pelo policiamento na região da Esplanada dos Ministérios. Além de perderem o local de descanso, as praças foram obrigadas a usar apenas um banheiro coletivo no corredor do quartel e tiveram os armários jogados em uma pequena sala. A decisão teria partido do comando da unidade, uma major.
De acordo com as informações e imagens recebidas pelo Metrópoles, as policiais perderam o alojamento para que duas aspirantes ocupassem as dependências sem terem de dividir o ambiente com as praças. “Até uma moça da limpeza, que usava um dos armários, perdeu o espaço que tinha para guardar objetos pessoais”, disse uma fonte ouvida pela reportagem.
Sentindo-se constrangidas e humilhadas, as militares pegaram, por conta própria, uma placa de banheiro feminino e pregaram com fita adesiva na porta do sanitário coletivo (foto principal) para evitar que homens usassem o local. “A situação era vexatória e muitas das policiais passaram a ter preferência até em usar banheiros fora do quartel”, disse.
Armários reduzidos
Um número reduzido de armários, antes ocupados pelas policiais, foi arrancado do alojamento e depositado em uma sala pequena usada para abrigar o servidor que atende à rede de computadores do quartel. O pequeno espaço passou a ser usado por todas as oito policiais. “Sem falar que não existe mais qualquer lugar em que se possa ter algum descanso, pois o beliche que fica no alojamento foi proibido de ser usado pelas praças”, explicou a fonte.
Policiais lotados no batalhão afirmam que a perseguição teve início após a troca de comando na repartição, para que as oficiais fossem beneficiadas em detrimento das praças. Segundo as militares, as mudanças não têm ligação com as obras estruturais que tiveram início na unidade.
Segundo a Caserna, associação dos militares da PMDF, algumas autoridades tentam se firmar por meio do abuso e do desrespeito, esquecendo-se de que aquilo que legitima o exercício da autoridade é o respeito aos limites legais das suas atribuições. “No caso específico, o comando da unidade segrega policiais femininas que ostentam a condição de praça em detrimento das que ostentam a condição de oficial”, disse a nota da Caserna.
O outro lado
Procurado para falar sobre as denúncias, o comando da PMDF informou que as instalações da unidade estão em reforma. “A obra é para proporcionar maior conforto a todos os policiais militares. Em razão disso, foi necessário serem feitas mudanças de alojamentos. As policiais femininas continuam a utilizar banheiros exclusivos. A PMDF sempre visa proteger a integridade física, moral e psicológica de homens e mulheres policiais militares”, ressalta a nota.
Últimas notícias
Anvisa suspende canetas emagrecedoras do Paraguai e medida afeta pacientes em tratamento
BPTran recolhe mais de 30 veículos durante ação de fiscalização no bairro de Bebedouro
Polícia Civil prende suspeitos de participar do assassinato de ex-vereador por Belém
Cibele Moura defende retorno do vestibular próprio da Uncisal após suspeita de vazamentos no Enem
É oficial: Maré de Rica libera Black com coleção nova e preços de R$ 8 a R$ 98; ação terá brindes em todas as compras
Semarh emite comunicado alertando a população para rajadas de ventos fortes em várias regiões de Alagoas
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Motociclista perde controle e cai na AL 220, em Limoeiro de Anadia
Ex é presa suspeita de matar médico em Arapiraca; ela o acusou de estuprar a filha deles
