Palanque de Bolsonaro estará dividido entre três frentes políticas em Alagoas
Divisão pode fazer com que presidente desista de vir ao Estado durante a campanha
Caso venha à Alagoas durante a campanha eleitoral, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), terá de dividir seu tempo entre três frentes políticas no Estado que apoiam sua pré-candidatura à reeleição. Para evitar desgaste político, ele pode desistir da visita.
O primeiro palanque deverá ser composto pelos chamados “bolsonaristas raiz”, comandados pelo deputado estadual Cabo Bebeto e pelo vereador por Maceió, Leonardo Dias, ambos do PL, mesmo partido de Bolsonaro. O parlamentar-mirim da Capital ensaia lançar candidatura ao Governo.
Em seguida, o deputado estadual Antônio Albuquerque (PTB) e Josan Leite (ex-Patriota e agora Republicanos) também devem registrar chapa como candidatos aos cargos de governador e vice, respectivamente. Ambos se dizem “bolsonaristas de carteirinha”.
Por último, mas não menos bolsonaristas que os anteriores, vem a chapa majoritária do União Brasil (UB). A sigla é comandada em Alagoas pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (Progressistas), e terá como candidato ao Governo o senador Rodrigo Cunha (ex-PSDB).
Embora Cunha não se posicione sobre a disputa presidencial, ele deverá ser pressionado por Arthur Lira para “ajudar” Bolsonaro, já que o presidente da Câmara Federal é um dos generais escalados para formar um palanque que demonstre sua força política para o presidente da República.
Por fim, é possível perceber que será improvável que AA e Josan Leite, Cabo Bebeto e Leonardo Dias, e Rodrigo Cunha e Arthur Lira aceitem estar juntos num mesmo palanque para Bolsonaro. Afinal, no fechamento das urnas, cada um deles vai dizer: “a votação que Bolsonaro teve em Alagoas foi minha”.
Para evitar mais desgaste, a equipe de campanha de Bolsonaro pode recomendar que o presidente não venha à Alagoas durante as eleições.