Política

Bolsonaro exonera Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia

Exoneração, a pedido, ocorre após sucessivos aumentos de preços dos combustíveis e críticas de Bolsonaro à Petrobras. Sachsida assume pasta

Por Metrópoles 11/05/2022 09h09 - Atualizado em 11/05/2022 09h09
Bolsonaro exonera Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia
Bento Costa Lima Leite de Albuquerque - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) trocou o comando do Ministério de Minas e Energia. A decisão saiu publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (11/5). Bento Costa Lima Leite de Albuquerque (foto em destaque) foi exonerado, a pedido. Em seu lugar, entrará como titular da pasta Adolfo Sachsida.

A mudança ocorre após recentes críticas do presidente à política de preços da Petrobras, estatal ligada ao Ministério das Minas e Energia, e um dia depois do aumento do preço do diesel.

Por diversas vezes, Bolsonaro teceu críticas à empresa pública. Em março deste ano, por exemplo, cobrou o ministro publicamente, após mais um reajuste de combustíveis.

“Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir. Vocês têm lucro, têm gordura e têm o papel social da Petrobras definido na Constituição”, assinalou o mandatário.

Na ocasião, Bolsonaro disse que a Petrobras era “futebol clube”. “Resumindo, ontem [11/3], a Petrobras aumentou em R$ 0,90. Lamento, podia ficar mais um dia. A Petrobras demonstra que não tem qualquer sensibilidade com a população, é Petrobras Futebol Clube, e o resto que se exploda”, disparou o presidente, durante passeio em Luziânia, em Goiás.

O almirante Bento Albuquerque era ministro de Minas e Energia desde o início da presidência de Jair Bolsonaro. É o terceiro nome a cair após aumento de preços de combustíveis. Em fevereiro deste ano, o então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que estava no cargo desde o início do governo, foi demitido. E em março, o substituto de Castello Branco, o general Joaquim Silva e Luna, também caiu.