O ex-goleiro César, que na década de 1980 defendeu o Corinthians Paulista após se destacar atuando pelo CRB, volta a viver um drama que o atingiu recentemente.

Em 2017, o ex-goleiro teve a sua casa invadida pelas águas da enchente que atingiu a cidade de Marechal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió. Na ocasião, César perdeu quase todos os seus bens materiais. Nesse período, César estava se mantendo vendendo lanches na praia.

Agora, em 2022, cinco anos após esse episódio, o ex-goleiro voltou a ser vítima das enchentes que assolaram vários municípios alagoanos entre o final de junho e o início do mês de julho, deixando milhares de desabrigados e desalojados.

Aos 67 anos de idade e após passar por uma cirurgia cardíaca, César voltou a viver o mesmo drama de 2017 agora nas chuvas que fizeram rios e lagoas transbordarem. Ainda morando em Marechal Deodoro, município cercado por lagoas, o ex-goleiro fez um apelo à direção do Corinthians pedindo uma ajuda para poder se reerguer.

"Os municípios aqui em Alagoas foram muito afetados, muita gente desabrigada e eu também fui atingido. Gostaria muito que o Corinthians, amigos, pudessem me dar uma força. Quando eu passei pelo Corinthians, deixei uma imagem muito boa na época do Adilson Monteiro Alves [diretor de futebol], Orlando Monteiro Alves [foi diretor e é avô de Duílio, atual mandatário do clube], Vicente Matheus [ex-presidente]. É uma força para eu ter uma oportunidade para continuar vivo, continuar na luta, porque eu me considero um cara guerreiro. A gente fica sem teto, sem chão, sem saber por onde começar. Estou precisando de uma força para eu ganhar uma nova vida, para eu poder trabalhar”, relatou o ex-jogador.

César na écpoa em que atuava pelo Corinthians. Foto: reprodução/redes sociais 

César também afirmou na reportagem ao Uol marcou época no Corinthians em um período histórico para o clube e para o futebol brasileiro. César explicou que em Marechal Deodoro, ele já passou por três enchentes, sendo esta de 2022 a pior.

“A água invadiu a minha casa em um momento difícil porque eu tive que fazer um cateterismo. Fiquei doente do coração. Quando eu estava me recuperando, vieram essas fortes chuvas, que romperam as barragens no Estado vizinho, Pernambuco", desabafou.

O ex-goleiro também com os amigos e vizinhos que se encontram em escolas e abrigos esperando que as coisas se acalmem para voltar para as suas casas.

“Em um momento como esse, você fica desesperado, não sabe como recomeçar, o Estado inteiro, os municípios todos devastados. Eu me ponho também no lugar dessas pessoas, mas eu preciso dessa força para eu me reerguer. Tenho certeza que vai aparecer alguém do Corinthians, principalmente, da imprensa que dê essa força para recomeçar a vida", disse.

Na década de 1980, César jogou ao lado de craques como Sócrates, Zenon, Biro-Biro, Wladimir e Casagrande, que começava a surgir para o futebol. Foi a época de um movimento implantado no clube paulista denominado de Democracia Corinthiana, liderado pelo ídolo Sócrates.