Polícia

Delegacia Tia Marcelina terá importante função social no combate aos crimes contra vulneráveis

Unidade policial atende reivindicação de entidades ligadas aos movimentos sociais e aos Direitos Humanos

Por 7Segundos com Assessoria 24/08/2022 18h06
Delegacia Tia Marcelina terá importante função social no combate aos crimes contra vulneráveis
Evento na Delegacia de vulneráveis - Foto: Assessoria

Além das ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal, a Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis Yalorixá Tia Marcelina terá uma importante função social. A especializada inaugurada nesta quarta-feira (24) contará com uma equipe multidisciplinar formada por assistentes sociais, intérpretes de Libras e Braile, para atender e orientar as vítimas de intolerância racial, preconceito religioso e de gênero e crimes contra outras minorias. A nova unidade ainda atende reivindicação do Coletivo de Mulheres e de outras entidades de Direitos Humanos.

Repleta de simbologia, a Delegacia Yaolorixá Tia Marcelina, que surge como marco histórico no enfrentamento à violência contra vulneráreis em Alagoas, está instalada no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), em Mangabeiras, e estará funcionando das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. A unidade policial terá como titular a delegada Rebecca Cordeiro.

A inauguração da unidade policial contou com a presença da secretária de Estado do Gabinete Civil, Luiza Barreiros; do delegado José Carlos Santos, representando o secretário de Estado de Segurança Pública, Flávio Saraiva; do delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier; da delegada Ana Cristina Carvalho, da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação, da Bahia (Coercid-BA), e militantes de movimentos em defesa dos Direitos Humanos, do Ministério Público Estadual, Poder Judiciário, integrantes de religiões de matriz africana e de grupos LGBTQIA+.

TIA MARCELINA

Batizada de “Yalorixá Tia Marcelina, em homenagem a mãe de santo que teve seu terreiro invadido por um grupo miliciano e foi assassinada em fevereiro de 1912, no episódio conhecido como Quebra de Xangô, a delegacia vai combater crimes contra as minorias como adeptos de religiões de matriz africana, pessoas com deficiência, idosos, quilombolas, população em situação de rua, negros, ciganos, índios, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e congêneres, principais vítimas de crimes de intolerância e preconceito.