"É uma dor que não sei explicar. É uma dor na alma, não existe dor física". Essas palavras foram usadas por Valdici dos Santos, mãe da motorista por aplicativo Amanda Pereira Santos Silva, de 27 anos, que foi assassinada por estrangulamento durante uma corrida na madrugada do último dia 16, no Benedito Bentes, parte alta de Maceió.

O discurso dela foi feito durante uma reunião com as promotoras de Justiça Marluce Falcão e Mirya Ferro, dos Núcleos de Direitos Humanos e de Combate ao Crime do Ministério Público de Alagoas (MPAL); com a chefia de Prevenção à Violência da SSP; e outros órgãos competentes. O objetivo do encontro é justamente discutir a segurança para categoria, numa busca de possíveis soluções.

"Como mãe, peço encarecidamente à segurança pública para se dedicar mais, arrumar soluções. São vidas tiradas da família, marido e filhos. Levem esse caso como uma bandeira. Eu não vou ter mais minha filha com a gente, mas existem tantos outros motoristas que estão lutando", suplicou Valdici.

O pai da vítima, Adail Pereira Santos, se emocionou ao falar do caso. "Já chorei bastante, mas nada é suficiente. Sempre pedi a ela para sair desse ramo. Minha filha era super trabalhadora e seu pecado, seu crime maior foi esse".

Os três suspeitos tiveram a prisão decretada pela Justiça. A Polícia Civil aguarda apenas o laudo cadavérico do Instituto Médico Legal (IML), para concluir o inquérito. O prazo para conclusão é de 30 dias.

O trio deve responder pelo crime de latrocínio, que é roubo seguido de morte. Amanda foi morta após aceitar uma corrida de Rio Largo para Marechal Deodoro.