Com o avanço da tecnologia de rastreamento via GPS (sistema de posicionamento global), os celulares hoje em dia podem ser localizados não importa a distância, desde que o aparelho possua acesso à internet. Aqui em Maceió, os assaltantes, cientes desta função, têm usado o bairro do Pinheiro, praticamente abandonado após o afundamento do solo, como uma espécie de depósito para aparelhos roubados.

Segundo explicou o delegado Leonam Pinheiro, após o assalto ou furto, eles escondem o smartphone em algum lugar das ruas do bairro, aguardam por volta de sete dias e, se nesse tempo o celular não foi recuperado, sabem que não está sendo rastreado e pegam para vender.

Isso quase aconteceu com uma estudante universitária nesta semana. Ela foi assaltada por volta das 22h, quando estava chegando em casa da faculdade. Durante a abordagem, os suspeitos levaram a bolsa dela, que estava com o aparelho. Eles conseguiram a senha e ligaram para a mãe e o irmão dela pedindo um pix de R$ 1.000 para devolver os pertences.

"Nós da polícia sabemos que o pagamento da quantia não ia fazer com que devolvessem o celular. Então liguei para eles, me identifiquei como delegado e mandei devolverem o telefone. Desligaram. Depois mandaram a localização de onde o aparelho estava escondido e conseguimos recuperar", relatou Leonam.