Mensagens mostram que governo do DF subestimou ataque do dia 8 de janeiro
Troca de mensagens entre as autoridades foi extraída pela Polícia Federal (PF) do celular de Ibaneis, que foi entregue para perícia no último dia 23
Mensagens trocadas entre o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres e o delegado Fernando de Sousa Oliveira mostram que o governo do DF subestimou a possibilidade de um ataque no dia 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes em Brasília.
A troca de mensagens entre as autoridades foi extraída pela Polícia Federal (PF) do celular de Ibaneis, que foi entregue para perícia no último dia 23.
Três dias antes dos atos criminosos em Brasília, o então secretário Anderson Torres, que também foi ministro da Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), manifestou a seu substituto na segurança do DF, o delegado Fernando Oliveira, preocupação sobre a possibilidade de atos na Esplanada.
Fernando disse que a secretaria estava monitorando a possibilidade de manifestações, e que a coronel Cíntia Queiroz de Castro, então subsecretária de Operações Integradas do DF, já havia sido acionada.
Em mensagem ao delegado, Cíntia disse posteriormente que tudo daria certo, e que eles “estavam tão acostumados a fazer”, e “que já sabíamos como agir”.
Na noite de 7 de janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também demonstrou preocupação com a possibilidade de um ataque. No mesmo dia, Cíntia avisou que o efetivo a ser empregado pela Polícia Militar do DF estava maior do que o de costume.
Na manhã do dia 8 de janeiro, o delegado Fernando Oliveira informou o govenador Ibaneis Rocha de que tudo estava bem. Durante a tarde, Anderson Torres avisou Oliveira para não deixar a manifestação chegar ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
Pacheco demonstrou preocupação no dia anterior
As mensagens de Ibaneis também revelaram que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), demonstrou preocupação na noite anterior aos atos.
Em mensagem enviada às 20h do sábado, dia 7 de janeiro, Pacheco escreveu: “Estimado governador, boa noite! Polícia do Senado está um tanto apreensiva pelas notícias de mobilização e invasão ao Congresso. Pode nos ajudar nisso? Abraço fraterno. Rodrigo.”
Às 20h04, o governador do DF respondeu em três mensagens seguidas: “Já estamos mobilizados”, “Não teremos problemas”, “Coloquei todas as forças nas ruas”.
(De Gabriel Ferneda com informações de Gabriela Coelho e Larissa Rodrigues)
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