Caso gari Walquides: IC pede prazo de 60 dias para entregar laudo de reprodução simulada
A atividade pericial buscou responder quesitos do inquérito que investiga a abordagem de guarnições da Polícia Militar que terminou com o gari Walquides Santos

Quatro horas e quinze minutos, esse foi o tempo total que a equipe o Instituto de Criminalística da Polícia Científica de Alagoas levou para concluir uma reprodução simulada realizada ontem (18) em um bairro do litoral norte de Maceió. A atividade pericial buscou responder quesitos do inquérito que investiga a abordagem de guarnições da Polícia Militar que terminou com o gari Walquides Santos, 29 anos, ferido por um disparo de arma de fogo.
O exame foi iniciado às 17h30 com a interdição das ruas São Cristóvão e São José que fica na Vila Emater, em Jacarecica, local onde teria acontecido a ocorrência e foi encerrada às 21h45. Durante esse intervalo, foram ouvidas três versões do fato, que teria se originado a partir de uma denúncia anônima de venda de entorpecentes na região.
Os trabalhos no local do exame foram coordenados pela perita Camila Valença, que contou com o apoio de mais três peritos criminais, Clisney Omena, Ivan Excalibur e Rafaela Jansons. Eles utilizaram vários equipamentos, entre eles, câmeras fotográficas para o registro da dinâmica e um drone para o mapeamento da área que abrangeu as duas vias públicas interditadas.
“Tudo ocorreu nos conformes. Primeiramente, ouvimos e reproduzimos a versão de cada uma das duas equipes, as quais foram averiguar a denúncia anônima, ou seja, se estaria ocorrendo tráfico de droga e por último foi escutada a versão do Walquides. Agora entramos no processo de elaboração do laudo, que levará no mínimo dois meses para ficar pronto, visto que precisamos realizar alguns exames complementares”, explicou a perita Camila Valença.
O gari Walquides foi atingido por um disparo de arma de fogo durante uma operação da Rotam no dia 14 de janeiro do ano passado. Ferido, ele foi levado para o HGE, onde passou 14 dias internado e custodiado, após ter sido autuado em flagrante, mas teve a prisão preventiva revogada pelo Poder Judiciário. A reprodução simulada foi realizada para montar a dinâmica da ação policial no inquérito que apura a conduta dos policiais militares.
O delegado Robervaldo Davino, que investiga o caso, acompanhou os trabalhos do Instituto de Criminalística. Os advogados do gari e dos policiais militares também acompanharam a realização da reprodução simulada, uma atividade pericial que cada vez mais tem sido utilizada pelos órgãos que integram o sistema de persecução penal para tirar dúvidas e responder quesitos sobre dinâmicas de alguns casos sobre investigação criminal.
O chefe de perícias externas, perito criminal Clisney Omena, explicou que a reprodução simulada dos fatos, comumente conhecida como reconstituição, é um exame pericial de natureza complementar que visa esclarecer pontos controversos existentes nos autos de um inquérito policial ou processo judicial. Ele disse que o Instituto de Criminalística tem envidado esforços no sentido de atender às solicitações desse tipo de perícia, que estavam se avolumando.
“Com o empenho dos Peritos Criminais temos conseguido dar vazão a esses pedidos. Do final do ano passado até o momento conseguimos realizar seis reproduções simuladas. É uma experiência muito gratificante porque proporciona a troca de conhecimentos entre os profissionais participantes e fornece elementos materiais à autoridade solicitante, contribuindo para que seja feita a Justiça, dado o caráter técnico e imparcial da Polícia Científica.” Afirmou Omena.
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