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Rússia reage à ameaça de Trump sobre taxar países dos Brics em 100%

Donald Trump prometeu taxar em 100% importações de países dos Brics, caso o bloco tenta substituir o dólar no comércio internacional

Por Metrópoles 31/01/2025 15h03
Rússia reage à ameaça de Trump sobre taxar países dos Brics em 100%
Donald Trump prometeu taxar em 100% importações de países dos Brics, caso o bloco tenta substituir o dólar no comércio internacional - Foto: Reprodução

Horas após Donald Trump voltar a ameaçar aplicar taxas de 100% contra países dos Brics, o governo da Rússia se pronunciou sobre as falas do presidente dos Estados Unidos, negando que o bloco econômico esteja discutindo a criação de uma moeda comum.

A informação foi divulgada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta sexta-feira (31).

Guerra tarifária de Trump

Ao assumir a presidência dos EUA, Trump ameaçou iniciar uma guerra tarifária contra países considerados hostis, ou que atrapalhem os planos norte-americanos.

Entre eles estão os países que compõem os Brics: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu às declarações de Trump, e afirmou que haverá reciprocidade caso os EUA taxem produtos do Brasil.

De acordo com Peskov, o que os Brics têm discutido é a formação de novas plataformas de investimento comum.

“Os Brics não discutiram e não está discutindo a criação de uma moeda comum”, disse o porta-voz do governo de Vladimir Putin. “Os Brics está falando sobre a criação de novas plataformas de investimento conjunto, que permitirão investimentos em terceiros países, investimentos mútuos e assim por diante”, declarou.

A cautela do governo russo sobre a criação de uma moeda em comum dos Brics, como uma alternativa ao dólar americano em transações internacionais, tinha sido expressada por Putin na última cúpula do bloco. À época, o presidente da Rússia explicou que a ideia ainda não estava “madura”.

O governo brasileiro, no entanto, é um dos defensores da medida. A expectativa é de que o assunto seja um dos mais discutidos durante a presidência do Brasil no bloco, que se iniciou em 1º de janeiro.