Familiares e amigos de esteticista morta em clínica de reabilitação cobram ações do MP
Grupo se reuniu com promotores para apresentar provas e depoimentos de outras vítimas que relatam maus-tratos dentro de estabelecimento

Familiares e amigos de Cláudia Pollyane Farias de Sant Anna, de 41 anos, estiveram na manhã desta quinta-feira (14) no Ministério Público Estadual (MPE) de Marechal Deodoro para cobrar ações contra a clínica de reabilitação onde a esteticista morreu no último sábado (8). O grupo se reuniu com promotores para apresentar provas, depoimentos de outras vítimas e relatar denúncias de maus-tratos que, segundo eles, provocaram a morte da paciente.
Durante a audiência, um ex-paciente relatou ter sido amarrado com fios para ser espancado e mostrou hematomas e ferimentos nos braços. O bombeiro civil Leonardo Mendes, que esteve internado por quase seis meses no local, declarou: “Na clínica lá a gente espera ser tratado dignamente, ser recuperado, encontrar pessoas que nos ajude a entrar num tratamento que a gente possa se recuperar mas, não era isso o que acontecia. O que acontecia era muita violência, muito crime. Era muita agressão física, agressão verbal.”
Ele afirmou ter recebido um soco forte na barriga, seguido de chutes do dono da clínica enquanto estava no chão, além de ter sido dopado em outras ocasiões. Também disse ter presenciado a esteticista sendo agredida física e verbalmente diversas vezes, inclusive na presença de uma psicóloga da clínica.
A Polícia Civil esteve no local para recolher imagens das câmeras de segurança, que serão utilizadas na investigação. De acordo com a promotora Maria Luiza, a corporação tem até 30 dias para concluir o inquérito. Familiares e amigos pedem a criação de uma comissão de delegados para investigar o caso e afirmam que esperam uma atuação rápida das autoridades.
Segundo a versão apresentada por um representante da clínica, Cláudia teria entrado em surto de abstinência, sido medicada, jantado e ido dormir. Pela manhã, outra paciente informou que ela não estava bem, momento em que foi levada à UPA de Marechal Deodoro, onde já foi constatado o óbito.
A família contesta essa narrativa e afirma que recebeu informações de uma assistente social e do médico de plantão de que Cláudia estava morta há pelo menos quatro horas e apresentava hematomas pelo corpo e um olho roxo.
O corpo foi sepultado na última terça-feira (13), no Campo Santo Parque das Flores, em Maceió.
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