Relator Alfredo Gaspar revela novos indícios de fraude milionária e enriquecimento ilícito no INSS durante CPMI
A CPMI segue com a análise de documentos e relatórios financeiros que podem revelar novos beneficiários do esquema e o real tamanho do desvio de recursos
A CPMI do INSS realizou, nesta quinta-feira (23), mais uma rodada de depoimentos que revelou novos indícios de desvio milionário de recursos de aposentados e pensionistas brasileiros. Foram ouvidos a empresária Thaísa Hoffman e seu esposo o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio de Oliveira Filho. O relator da Comissão, deputado Alfredo Gaspar, destacou que as investigações avançam sobre o núcleo criminoso que atuava dentro do Instituto, envolvendo servidores de alto escalão e empresas de fachada.
Durante o depoimento da empresária Thaísa Hoffmann, o relator expôs movimentações financeiras suspeitas que ultrapassam R$ 11 milhões. Segundo Alfredo Gaspar, parte dos valores teria sido direcionada por Antonio Carlos Camilo, o “Careca do INSS” a empresas controladas por Thaísa, entre elas a Curitiba Consultoria, que sozinha recebeu mais de R$ 7 milhões sob a justificativa de emissão de pareceres técnicos.
“O brasileiro trabalha tanto, sua para ter um salário mínimo minguado, e aqui a gente vê gente falando em milhões como se fosse absolutamente nada. São recursos que deveriam estar garantindo o sustento de aposentados e pensionistas, mas foram parar no bolso de agentes públicos e de particulares corruptos”, afirmou o relator.
Alfredo Gaspar apontou que há fortes indícios de que Thaísa atuava como testa de ferro do marido, responsável por autorizar e facilitar contratos e repasses dentro do INSS. O relator ressaltou ainda que o casal ostentava um padrão de vida incompatível com a renda declarada, citando a reserva de um apartamento de R$ 28 milhões em Balneário Camboriú e a aquisição de outro imóvel de mais de R$ 5 milhões após a deflagração da operação policial.
“É inadmissível que um servidor público, que recebe próximo ao teto do funcionalismo, tenha patrimônio milionário sem comprovação de origem. Esses fatos reforçam que estamos diante de uma das maiores fraudes já vistas na Previdência brasileira”, completou Alfredo Gaspar.
O relator também afirmou que o depoimento de Thaísa e Virgílio, que permaneceram em silêncio em diversas respostas, não alterou o rumo das investigações. Segundo ele, a dinâmica criminosa já está clara. “O que estamos vendo é um casal que se beneficiou diretamente de um esquema de corrupção dentro do INSS”, concluiu.
A CPMI segue com a análise de documentos e relatórios financeiros que podem revelar novos beneficiários do esquema e o real tamanho do desvio de recursos. O relatório final deve propor responsabilizações criminais e administrativas contra os envolvidos.
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