Deputado Fabio Costa vai a El Salvador para estudar modelo que derrotou o crime organizado
Parlamentar avalia estratégias de combate a facções e afirma que Brasil precisa recuperar autoridade do Estado
O Deputado Federal Delegado Fabio Costa participou, em missão oficial da Câmara dos Deputados, de uma série de agendas institucionais em El Salvador para estudar o modelo de segurança pública que transformou o país no mais seguro das Américas. Indicado pela Mesa Diretora, o parlamentar integra a delegação brasileira que acompanha o Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança e visita estruturas consideradas referência mundial no enfrentamento ao crime organizado.
Durante os primeiros encontros, Fabio Costa, que também é membro titular da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, destacou que o Brasil vive um cenário distinto, marcado pela expansão de facções que controlam territórios, exploram populações vulneráveis e desafiam a autoridade estatal diariamente. Para ele, a missão surge em um momento decisivo. “O país e os estados precisam recuperar o comando sobre a segurança pública. Aqui, vimos o que acontece quando o Estado enfrenta o crime sem hesitação e coloca a vida do cidadão no centro das decisões”, afirmou.
O que o Brasil pode aprender com El Salvador
A delegação se reuniu com o ministro da Justiça e Segurança salvadorenho, Héctor Gustavo Villatoro Funes, que apresentou os pilares do Plano de Controle Territorial — estratégia que desmontou as principais gangues do país e levou à prisão mais de 60 mil integrantes de organizações criminosas. Fabio Costa avaliou que a experiência salvadorenha mostra como ações combinadas de polícia estruturada, legislação firme, monitoramento tecnológico e gestão de presídios de alta segurança alteram a realidade de forma concreta.
O parlamentar visitou o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), considerado o maior presídio da América Latina e símbolo da política de endurecimento adotada pelo governo Nayib Bukele. Para Fabio Costa, o modelo evidencia que o combate ao crime exige decisão política. “O Brasil tem facções que agem com poder financeiro, bélico e territorial. Sem inteligência, rastreamento de dados, integração policial e leis que façam o crime temer o Estado, não há avanço possível”, disse.
Tecnologia, integração e leis mais firmes
Nos debates do fórum, o deputado acompanhou exposições sobre o uso de inteligência artificial, big data, reconhecimento facial e análise preditiva para antecipar ações de quadrilhas e identificar rotas de tráfico e extorsão. Ele afirmou que os números apresentados pelo governo salvadorenho — redução superior a 95% nos homicídios — deixam claro que tecnologia e legislação forte precisam caminhar juntas. “Enquanto o crime no Brasil opera com eficiência digital, o Estado ainda responde com ferramentas analógicas. Estamos aqui para mudar isso”, declarou.
As discussões também abordaram endurecimento penal, cooperação internacional e modelos de gestão capazes de impedir que chefes de facções continuem comandando crimes de dentro dos presídios, problema recorrente no Brasil. Para o deputado, o país só terá paz duradoura quando houver uma reforma profunda no sistema penal e na legislação. “Lugar de criminoso que destrói famílias e domina comunidades é atrás das grades — e por muito tempo. A lei precisa proteger a vítima, não quem aterroriza o cidadão”, afirmou.
Fabio Costa disse que levará ao Congresso o conjunto de práticas observadas em El Salvador para contribuir com o debate sobre o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, que será votado na Câmara. “O Brasil não pode aceitar viver sob o medo. Se um país que já foi o mais violento do mundo conseguiu virar a página, nós também podemos. Basta ter coragem e compromisso com a população”, concluiu.
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