Novamente, só duas candidaturas disputam este ano a prefeitura de Palestina, no Sertão de Alagoas.

Apoiado pela direção estadual do MDB, o prefeito Jaime do Mercado (MDB), tenta a reeleição, tendo como seu opositor, Dino Cesar (PP), apoiado pela família Alcântara, que já governou Palestina.

Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), este ano, Palestina contabiliza 5.118 eleitores aptos a votarem. Desse total, 1.282 não concluíram o ensino médio, 1.237 não concluíram o ensino fundamental e 378 são tidos como analfabetos pela Justiça Eleitoral.

Com tradição em eleições municipais acirradas, Palestina, este ano, não dá indícios de mudanças. Nas ruas, o povo prefere não comentar em quem vai votar, embora ninguém esconda o favoritismo de Jaime do Mercado, favorecido pelas várias obras realizadas, destacando-se que a expressiva maioria foram com recursos do Governo do Estado.

Mas, se por um lado a população não tem falado em mudar o voto, por outro, o mesmo eleitorado tem criticado os valores das obras e alguns desperdícios, citando como exemplo reformas de praças com valores supostamente 'exagerados'.

Palestina, tem atualmente, uma grande totalidade de eleitores com idades entre 25 aos 59 anos, com prevalência do sexo masculino e esse eleitorado tem cobrado uma atualização do Portal da Transparência em relação ao dinheiro captado e em que é usado.

Eleito em 2020 com 2.152 votos, Jaime do Mercado foi uma 'descoberta' da naquele ano prefeita Lane Cabudo, que foi as ruas pedindo votos para o futuro prefeito. Sem entrar em detalhes, atualmente, Lane tem preferido se manter equidistante de seu sucessor.

O pequeno comércio da cidade continua enfrentando os percalços da falta de visão da administração municipal. A localização do Centro de Palestina dificulta que empreendedores escolham a cidade para seus investimentos, forçando a população a ir para Pão de Açúcar - cidade vizinha - para fazer a maioria das compras.

Em relação a empregos, Palestina também enfrenta outro sério problema. Quem não trabalha para o município (efetivo ou contratado), tem sua renda através de programas do Governo Federal (INSS ou Bolsa Família).

E essa falta de perspectiva para os jovens faz Palestina ser um dos municípios do Sertão que mais 'expulsa' jovens para outros Estados. O jovem de Palestina, sem emprego, se torna obrigado a abandonar a família para arriscar a vida em outras regiões do Brasil, onde se aventura nas colheitas de café, soja e uva, corte de cana de açúcar e etc...

Nos programas de governo do aual prefeito e do candidato da oposição, são vagas as reais propostas para a geração de trabalho e renda.