Diário do Sertão
Delegada 'linha dura' irá investigar assassinatos de militares no Sertão
A delegada Daniella Andrade, titular da 2ª Delegacia Regional (2ª DRP), de Santana do Ipanema e o delegado Diego Nunes, do 38º Distrito Policial (38º DP), de São José da Tapera, foram indicados pela direção-geral da Polícia Civil para investigarem e esclarecerem como aconteceu as mortes do 1º sargento da Polícia Militar José Ailton Ramos de Oliveira, de 53 anos, e do também sargento Braulino Santos Santana, de 48 anos, mortos a tiros no último domingo (10), na zona rural de Tapera, no Sertão alagoano.
Cercado de muitos mistérios e dúvidas, as mortes dos militares ganhou diversas especulações.
A mais recente, que não é desmentida e nem confirmada pelas autoridades policiais, dá conta que Oliveira e Braulino, ambos do Serviço de Inteligência do 7º Batalhão da Polícia Militar (7º BPM), foram mortos supostamente por engano por um outro policial militar também do 7º BPM, de prenome Girleno. O suspeito, que esta preso, é lotado no Pelotão de Operações Especiais (Pelopes), e teria entrado em depressão após constatar que havia matado os dois colegas, que teriam sido supostamente confundidos com criminosos.
Embora seja uma delegada remanescente de um dos últimos concursos da Polícia Civil, Daniella Andrade é considerada uma policial 'linha dura' e irá presidir as investigações.
Os corpos dos militares mortos foram sepultados na manhã desta terça-feira (12), após homenagens de integrantes da Polícia Militar. Oliveira foi enterrado em Santana do Ipanema, onde morava com a família e Braulino em Olho D'Água das Flores, onde residia.
E durante o trajeto do corpo do sargento Oliveira, entre o local do velório e o cemitério, uma cena chamou a atenção. A mulher do militar e nem outros familiares seguraram a alça do caixão, que foi levado por policiais militares. A cena foi interpretada pela população como uma revolta da viúva e seus familiares que perderam a confiança na polícia.
Até o momento continuam sem respostas oficiais se os militares mortos estavam ou não em missão oficial; qual era o veículo que eles ocupavam; quantas vezes os dois sargentos foram alvejados; o local exato das mortes; a cena do crime foi ou não periciada e o que fazia a guarnição do Pelopes no local.