Diário do Sertão
Vereadores de Poço das Trincheiras estão a um passo do certo ou do errado
E nem o 'Quandu Fest', evento neste último final de semana, que teve atrações de pouca empolgação, mas que foi muito bem patrocinado pela prefeitura de Poço das Trincheiras, no Sertão de Alagoas, motivou os nove vereadores do município analisarem, para aprovação ou não, as contas do reeleito prefeito Valmiro Costa (MDB), referente ao ano de 2022.
Tudo poderia já ter sido solucionado, se não fosse o 'olhar clinico' do Tribunal de Contas de Alagoas (TCE/AL), que após analisar alguns documentos e se debruçar sobre informações enviadas pelo prefeito, identificou supostas irregularidades, inconsistências e impropriedades no planejamento orçamentário, em aspectos patrimoniais e financeiros e no quesito transparência e controle interno.
O relatório do TCE-AL identificou - por exemplo - uma deterioração do patrimônio em 122%, sem que o prefeito Valmiro Costa apresentasse as devidas justificativas, deixando também de comprovar onde gastou o valor de R$ 9.232.212,31.
Os autos evoluíram ao Ministério Público de Contas que também emitiu parecer pela rejeição das contas do reeleito prefeito de Poço das Trincheiras.
Diante das constatações, o Tribunal de Contas emitiu um parecer técnico recomendando a reprovação das contas de Valmiro, do exercício de 2022, mas até agora os representantes do povo de Poço nada decidiram.
Todavia, um detalhe é imprescindível. A passividade dos vereadores tem dia e hora para acabar. Até a meia noite do dia 31 de dezembro - de algum jeito - eles são obrigados a se reunirem e aprovarem pelo certo ou pelo o errado, sabendo que o errado irá tirar o sono de cada um dos nove legisladores municipais pelos próximos quatro anos.
Valmiro foi reeleito com 3.961 votos, vencendo o filho do ex-prefeito do município, Caio Rodrigues (PP), que teve 2.552 votos e o cunhado do deputado Isnaldo Bulhões e marido da prefeita de Santana do Ipanema, Marcelo Melo (PDT), que obteve 2.452 votos.