"É uma causa natural, mas poderia ter sido evitada", diz Davi Maia sobre inundações em AL
O deputado estadual comentou sobre as ações que estão sendo tomadas para recuperar os estragos causados pelas chuvas, especialmente em Quebrangulo
O convidado especial do Na Mira da Notícia desta terça-feira (5º) foi o deputado estadual Davi Maia. Na ocasião ele comentou sobre as chuvas intensas que atingiram Alagoas nos últimos dias, em especial o município de Quebrangulo, Zona da Mata alagoana, sua cidade natal.
Grandes estragos foram registrados por todo o Estado devido a quantidade de água que encheu rios que cruzam diversas cidades. Até o momento, mais de 55 municípios decretaram estado de emergência. De acordo com o boletim da Defesa Civil Estadual, divulgado na tarde desta terça, Alagoas já chegou na marca de 66.157 pessoas desabrigadas.
"Uma situação muito dramática". Essas são as palavras de Davi Maia ao descrever a atual crise que assola Alagoas.
O deputado diz ter "dado uma pausa na política" para focar na reconstrução de Quebrangulo, município o qual seu pai, Marcelo Lima, é prefeito. "Mais uma vez Quebrangulo está destruída. Os moradores perderam muitas coisas, 50% da cidade foi atingida", pontuou.
De acordo com Davi Maia, a comunicação, energia e distribuição de água da cidade foram reestabelecidos nesta terça-feira. As equipes estão utilizando caminhões pipa para garantir que a população tenha acesso à água potável até o reestabelecimento completo do sistema.
Além de precisar limpar a cidade, que ficou repleta de lama e entulhos levados pelas águas das chuvas, Maia diz que também precisa alimentar as pessoas. "Essa enchente traz uma questão de desabastecimento social muito grande. Ela iguala a população aqui em Quebrangulo, não interessa se você tem dinheiro ou não porque o dinheiro não tem valor já que não tem onde comprar nada. O comércio foi todo atingido", analisou.
Os municípios que foram edificados nas beiras dos rios são os principais afetados em período de chuva em Alagoas. Essa não foi a primeira vez que as chuvas causaram estragos nas cidades.
"A grande situação é que, tivemos a enchente de 2010, onde foi gasto R$ 1,9 bilhões para recuperar as cidades, que o governo federal enviou na época, mas simplesmente não foi feito nada para evitar novas catástrofes. Naquele ano o governo federal enviou quase R$ 10 milhões para contratar os projetos das barragens, e esse projeto está pronto. A empresa foi contratada, recebeu e executou o projeto e o entregou ao governo do Estado, que nunca se preocupou em executá-lo", relembrou.
Durante todos esses anos, o deputado estadual cobrou o Governo do Estado para que o projeto fosse executado. "Infelizmente o ex-governador Renan Filho nunca gastou um real pra impedir que as enchentes acontecessem em Alagoas, nem na cidade de Murici, aonde ele foi prefeito. Lógico que é uma causa natural, mas ela poderia ter sido evitada. Já existe tecnologia e desenvolvimento tecnológico pra isso, mas o ex-governador resolveu abrir mão e, nos sete anos e meio em que ele passou como governador, nunca executou nada", criticou.
O projeto criado e entregue ao Governo do Estado envolve diversas tecnologias, mas a principal é a construção de oito barragens nas bacias do Rio Paraíba e do Rio Mundaú, além de outros rios e riachos espalhados por Alagoas. As barragens seriam construídas para conter as águas e evitar que inundações ocorressem.
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