Clau Soares

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As manifestações pela água

31/01/2014 13h01

Sem água, os moradores de uma pequena comunidade, o distrito de São Marcos que tem apenas seis mil habitantes, em Major Izidoro, decidiram se juntar e realizar um protesto. Isto aconteceu em meados de janeiro. Abrir a torneira e não ter água é uma situação que muitos decidiram não suportar mais. Ao invés de reclamar nos veículos de comunicação locais, o povo saiu às ruas.

Em Arapiraca, moradores de conjuntos habitacionais fizeram o mesmo. Cansados de apenas reclamar da falta de água ou do abastecimento irregular, também saíram às ruas para exigir que a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) cumprisse sua obrigação e fornecesse o serviço de forma adequada.

Em Major Izidoro, a revolta foi tanta que, além de fechar a rodovia com pneus e galhos de árvores em chamas, como também fizeram em Arapiraca, os manifestantes chegaram a danificar a tubulação da adutora. Este foi o nível de revolta dos consumidores que estavam cansados de pagar mensalmente por um serviço que julgaram falho.

Cabe destacar que os protestos, apesar de terem reunido pequenas comunidades, teve um impacto significativo e representam uma ruptura com a tradicional atitude de apenas reclamar, sem nada fazer para mudar a situação.

Neste caso, a pressão do povo foi fundamental. Ao tornar o caso público, por meio de manifestações, os moradores da comunidade de São Marcos e dos conjuntos de Arapiraca mostraram que o interior de Alagoas está pronto para lutar por seus direitos e cobrar que as autoridades cumpram com suas promessas.

Para os manifestantes, aplausos.
 

Sobre o blog

Jornalista, especializada em Comunicação Empresarial. Assessora de comunicação. Interessada em cultura digital, empreendedorismo e pessoas.

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