Tive a oportunidade de conhecer no dia de ontem (30), essa tão propagada obra chamada Canal do Sertão. Confesso que fiquei, assim como muitos que lá estavam, admirado com o que vi. Iniciada em 1992 o Canal teve sua obra paralisada por pelo menos 10 anos por falta de estudos técnicos que garantissem sua viabilidade.

Primeiro tenho que destacar aqui a competência e dinamismo do ex-secretário de Estado da Infraestrutura Marcos Fireman, esse jovem, que cuidou ainda na fase embrionária, dessa obra tão importante para Alagoas e, sobretudo, para o sertanejo.

Uma caravana com cerca de 400 pessoas se fez presente., entre estas, secretários estaduais, prefeito, vereadores de várias regiões de Alagoas foram conhecer de perto às obras do Canal do Sertão.

A secretaria de Articulação Social de Alagoas (Seas), cujo titular é Claudionor Araújo, me confirmou que estão programadas uma série de visitas para o próximo mês, com lideranças e seguimentos sociais, para conhecer o funcionamento dessa que é considerada a maior obra do governo de Téo Vilela.

Conversei com o secretário de Estado de Recursos Hídricos, Napoleão Casado, ele me explicou que o Canal dispõe de infraestrutura de captação através da estação de bombeamento, projetos de irrigação de 2 mil hectares e 65 km de canal adutor, até o final do governo tucano, a obra deve chegar a 123 km e deverá atingir 150 km, inclusive com recursos que estão garantidos em Brasília através de licitação, com a realização da quinta etapa, cujos recursos foram pleiteados em Brasília. Ao todo, o Canal do Sertão terá uma extensão prevista de 250 km.

A intenção do governo do estado é fazer com que muitos alagoanos conheçam e vejam a importância do Canal. Esta obra está sendo realizada graças à parceria do governo federal através do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), com o governo de Alagoas.

A vida dos sertanejos começa a mudar, já existem plantações de mandioca, milho, mamão, criação de peixes etc. Hoje podemos ver plantações que antes jamais seriam possíveis e tudo com a água trazida pelo Canal. Dois povoados estão sendo beneficiados diretamente com a obra: Luciano e Rôlas.

Oito municípios formaram a caravana “Vamos ver de Perto”, que depois de passar por várias cidades do agreste e sertão alagoano, pode conhecer de perto a estação elevatória, a nascente e outros pontos.

Depois de concluído, o Canal irá beneficiar 40 municípios com esse projeto que é considerado uma das maiores e mais modernas obras de engenharia hídrica do mundo.
As informações que obtive são de que o trajeto que será percorrido pelas águas do Canal do Sertão, vai de Delmiro Gouveia à Arapicara. Este projeto está orçado em mais de 600 milhões de reais, onde serão beneficiadas aproximadamente um milhão de pessoas em 42 municípios, ao longo dos 250 km de percurso.

Apesar de ser chamado de Canal do Sertão, a obra vai favorecer principalmente o agreste com cerca de 20 mil hectares de área irrigada, enquanto o sertão ficará apenas com seis mil hectares. A maior parte das terras irrigadas ficará em torno ou nas proximidades do município de Arapiraca. A água para consumo humano vai atender a cerca de um milhão de alagoanos sendo 30 % sertanejos.

Assim como eu, outros deveriam conhecer como funciona e os benefícios que o Canal do Sertão trará para os alagoanos que a séculos sofrem com a seca na região.