Iran Silva

Iran Silva

Iran Silva

Vivemos tempos tenebrosos e obscuros.

06/03/2014 11h11

Tempos onde a ostentação faz parte do cotidiano. Onde as figuras publicas já não mais escondem as patifarias e interesses meramente particulares. Vivemos tempos onde o enriquecimento é praticamente instantâneo e os grandes empreendimentos são escusos meios de lavagem de dinheiro.

Estamos vivenciando tempos, onde as alianças são as mais espúrias possíveis, onde os acordos e conchavos, são os mais improváveis e as pretensões privadas, são as temáticas desse enredo que mais parece o samba do crioulo doido.

Apesar dos instrumentos de fiscalização e transparência, nestes nossos tempos, esses são relegados a meros adereços de fantasia, onde os responsáveis por introduzir os meios, são meros fantoches nas mãos de quem detém o poder central.

Vivemos tempos onde a harmonia é a enganação, a mentira deslavada, a falácia, a estupidez, a traição...

Tempo de homens e mulheres sem valores morais firmes, mas com caráter que se esfacela ao simples toque do vil metal, que se deixam vender como mercadoria em banca de feira. Homens e mulheres que desconhecem a honra e a honestidade e que não se envergonham de amealharem a coisa publica, sem nenhum pudor.

Vivemos um tempo de retrocesso, onde a culpa pela desfaçatez, é sempre dos outros. Vivemos num tempo banhado de sangue de inocentes, que todos os dias são sepultados com discursos enfadonhos, oriundos das bocas maléficas dos responsáveis pelo bem estar do populacho. Vivemos no tempo da morte.

Esse é o tempo da falta de compromisso com o povo, com a coisa publica, tempo da ingerência administrativa. E que mais parece doença incurável, que mais e mais, vai se alastrando pelas nossas cidadelas e fincando o mastro com a bandeira da corrupção, demarcando território de ‘seu A’ e de ‘seu B’, e que passa a ser feudo registrado e carimbado.

Vivemos num tempo de inversão de valores, onde a população é desarmada frente ao bandido; onde o mais velho é escarnecido diante do ‘de menor’; onde a família é destruída diante de bandeiras ideológicas; onde a religião é desacreditada diante do controle absoluto do poder sobre o povo... (‘Já está na hora de Deus ser destituído do seu trono’...).

Vivemos o tempo da mordaça, da venda nos olhos, da ameaça velada, do quanto pior melhor... Vivemos o tempo do cala a boca.

Esse é o tempo em que vivemos.

Mas nem tudo está perdido, vem aí o processo eleitoral e podemos fazer toda a diferença, pois com o voto, podemos destituir os senhores feudais, entronados e encastelados em suas mentiras descabidas. Ainda acredito que a luz que iluminará esses tempos escuros, seja o voto. Não o voto de protesto, o voto amigo, o voto vendido, mas o voto consciente, aquele que proporcionará mudanças reais e verdadeiras e assim, poderemos sair das trevas, e quebrar os grilhões que essa corja nos impõe a cada dia.

Essa é minha opinião.

"Ter medo de falar o que sente, é como se trancar em um quarto escuro e esperar que alguém te ouça." Junão.