Reunidos durante uma semana no Vaticano, 200 bispos da Igreja Católica participaram da elaboração de documento que ameniza o tratamento aos homossexuais.

Segundo a Igreja, os gays têm dons e qualidades a oferecer. A declaração que consta da reunião do sínodo da família (Foto: Gregório Borgia/AP) também indaga se o catolicismo pode aceitar os homossexuais e reconhecer aspectos positivos de casais do mesmo sexo.

O documento elaborado tem à frente o papa Francisco afirma que a Igreja deveria aceitar o desafio de encontrar “um espaço fraternal” para os homossexuais sem abdicar da doutrina católica sobre família e matrimônio.

O texto do documento do Vaticano tem uma linguagem menos condenatória e mais compassiva em relação a comunicados anteriores sob o comando de outros papas.

A declaração deste documento será a base das conversas da segunda e última semana da assembleia que acontece em Roma, convocada pelo Papa Francisco.

A nova postura da Igreja servirá de reflexão entre os católicos de todo o mundo antes do segundo e definitivo sínodo que acontecerá em 2015.

Relatio é o nome em latim do documento que revela: “Os homossexuais têm dons e qualidades a oferecer à comunidade cristã: seremos capazes de acolher essas pessoas, garantindo a elas um espaço maior em nossas comunidades? Muitas vezes elas desejam encontrar uma igreja que ofereça um lar acolhedor”.

O vaticanista e autor do livro “Os Diários do Vaticano”, John Travis, disse que o documento reflete claramente o desejo do papa Francisco de adotar uma abordagem pastoral mais clemente no tocante ao casamento e aos temas da família.

Segundo relatos bíblicos sobre a própria história de Jesus Cristo, Ele condenava os pensamentos rígidos. Renovação e mudança eram palavras ditas por ele em seus ensinamentos sobre relacionamentos com Deus, com o próximo e assim por diante.

Então, a Igreja deve querer mudar sua postura com relação aos homossexuais por não se prender aos dogmas que são conservadores e privam as pessoas de enxergarem além. De enxergarem que o relacionamento entre todos deve ser harmonioso e próspero.

Acredito, piamente, que não se pode privar o relacionamento entre os seres humanos por questões sexuais, religiosas e outras sejam de que ordem for e que diz respeito a cada um de nós.

Que todos e não só os homossexuais tenham dons e qualidades a oferecer para serem aceitos pela Igreja e pela sociedade em todo o mundo.