Parece brincadeira, mas não é. De fato, os políticos brasileiros não têm jeito. E o povo nada adianta por reclamar.

Ou simplesmente dizer o velho e conhecido jargão popular: “Isso é um absurdo!”.

Pois bem, a Câmara dos Deputados acabou de votar e aprovar nesta quarta-feira (17), o salário parlamentar de, pasmem, R$ 33, 7 mil por mês.

São decretos e projetos que permitem este teto. Quando se trata de aumento salarial entre eles (os políticos) a votação acontece às pressas e na hora.

O reajuste vale para deputados federais, senadores, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), ministros de Estado, presidente e vice-presidente da República.

O texto ainda vai para o Senado, mas o resultado já estamos cansados de saber. Será, no mínimo, aprovado. E-v-i-d-e-n-t-e-m-e-n-t-e!

Para os parlamentares, o aumento salarial será de 26%. Já os que pertencem ao Executivo o reajuste será de 15,7% e os ministros do STF um aumento de 14,6%.

O inacreditável nisso tudo é que para aumentar o salário mínimo a aberração é grande e sessões são até suspensas. A gritaria é geral.

Vale ressaltar aqui que o salário mínimo, do trabalhador que dá seu suor e trabalha em regime de “escravidão” vai de R$ 728 para R$ 788,06.

Um aumento de 8,8%, o que representa exatos R$ 64,00. É o que está previsto no Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2015, encaminhado pelo governo federal ao Congresso.

Com o reajuste salarial dos parlamentares, apenas no Congresso Nacional o impacto será de R$ 44,3 milhões a mais por mês aos cofres públicos. Se hoje gasta-se mais de R$ 26 milhões, com o aumento o gasto será de mais de R$ 70 milhões ao mês.

O último reajuste dos parlamentares se deu em 2011. E olha que eles só vão trabalhar este ano até o próximo dia 22, ou seja, segunda-feira, dia em que eles sequer pisam no plenário do Congresso Nacional.

Isso é que é um bom e feliz Natal (para eles). E Ano Novo também!