Rogério Ferreira
Vereadora e presidente do Sinteal fazem denúncias contra prefeitura de Limoeiro
A vereadora por Limoeiro de Anadia Eliane Silva Martins e a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) fizeram duras críticas, durante entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (11) ao radialista Alves Correia, contra a administração pública do prefeito Marlan Ferreira (PP).
A parlamentar, que também é uma das servidoras da educação que está na luta pelo reajuste salarial da categoria, informou que a prefeitura de Limoeiro de Anadia tem totais condições de pagar os 13% exigido pelos profissionais, mas que tem sido negado pela administração pública.
De acordo com ela, só de valores complementares a prefeitura recebeu aproximadamente R$1,6 milhão, fora os repasses normais. Eliane Martins aproveitou a entrevista para tranquilizar os pais dos alunos, que estão recebendo ameaças de perder o bolsa família caso a greve perdure. "Muitos pais estão recebendo ameaças para que pressionem os profissionais da educação a não entrarem em greve. Vale informar que a ação é legal e que nenhum deles perderá o Bolsa Família durante o período de paralisação, pois as aulas serão repostas", informou.
O clima da entrevista esquentou com as informações passadas pela presidente do Sinteal, Juraci Pinheiro, com relação ao desrespeito que a prefeitura vem tratando os profissionais da educação. "A educação de Limoeiro está repleta de profissionais contratados, que ocupam inclusive cargos na direção de escolas, o que é ilegal. Não existe gestão democrática, nem transparência na cidade", denunciou.
Irregularidades
Segundo Juraci Pinheiro, até defunto recebia salário em Limoeiro. "Quando descobrimos que até professor falecido continuava recebendo salário da prefeitura, o Sinteal resolveu o problema.
Mas as irregularidades não são particulares a cidade de Limoeiro de Anadia. Em Lagoa da Canoa, o Ministério Público vem investigando uma série de contratações ilegais por parte da prefeitura. Ao ser indagada sobre o assunto, Juraci informou que já estava na hora do MP se manifestar sobre isso. "A situação de Lagoa da Canoa é ainda pior do que a de Limoeiro. Lá o incremento é de 22%, um dos melhores do estado. Nós não vamos aceitar qualquer coisa como salário. Em Limoeiro, onde o reajuste deveria ser de 18,41%, nós estamos exigindo só 13% e nenhum valor abaixo disso será aceito", deixou claro.
Na última assembleia realizada pela categoria em Limoeiro, a prefeitura ofereceu 9% de reajuste, sendo 4,5 para serem pagos agora e os outros 4,5 em agosto. A proposta foi recusada pelos professores e um dos motivos teria sido o não cumprimento da mesma em meados do ano passado.