Há dois anos, a jovem arapiraquense Rafaella Pereira Pinheiro, 22, descobriu que tem uma grave doença degenerativa, a Ceratocone, que pode levá-la à cegueira. Desde então, sua meta é buscar uma forma de estacionar o avanço da doença e tentar seguir uma vida normal, de estudos e trabalho. O problema é que o tratamento, que inclui diversas cirurgias, tem custos altos e a família da jovem não consegue arcar com as despesas.

Para ajudá-la, várias pessoas e empresas têm realizado campanhas com a finalidade de arrecadar recursos para Rafaella. Neste sábado, dia 13, a empresa Paleteria Los Mariachis, localizada na Rua Estudante José de Oliveira Leite, no Centro de Arapiraca, promoverá um dia em prol da arapiraquense. De todas as vendas realizadas no dia, 20% do lucro será doado para a jovem. 

Desde o diagnóstico da doença, Rafaella enfrenta uma verdadeira maratona de médicos. Ela revela que, no início, em apenas um mês, chegou a se consultar com oito profissionais, em Arapiraca e Maceió. Isso porque ninguém conseguia descobrir o que estava causando a perda da visão. Quando finalmente a doença foi descoberta, o tratamento iniciado, na capital de Alagoas, não deu certo e Rafa ganhou mais sete graus em um dos olhos. 

Rafaella não se deixou abater e foi em busca de ajuda em Pernambuco e no Estado da Paraíba onde conseguiu parar, provisoriamente, o avanço da doença. Há cerca de um mês, graças a doações, ela foi submetida à primeira cirurgia. Está em processo de recuperação do pós-operatório e ainda de uma queda que sofreu nos degraus de casa. Ela precisa fazer mais três cirurgias. Somadas, as despesas ultrapassam R$ 14 mil. E, em Alagoas, nenhuma das cirurgias é ofertada pelo Sistema Único de Saúde. 

O sonho de Rafaella é levar uma vida normal, retomar os estudos e cursar medicina. Ela estava fazendo Enfermagem, quando descobriu a doença. Fechou o curso porque queria prestar novo vestibular. Apesar de ter iniciado um curso preparatório em Maceió, foi obrigada a parar devido às fortes dores de cabeça e nos olhos causadas pelas horas ininterruptas de estudos. Na capital, ela trabalha em uma academia, o salário, porém, só dá para manter as necessidades básicas.

A rotina é pesada e piora a saúde da jovem. Ela acorda às 4h da manhã, sai para trabalhar e só retorna à noite. “O médico alertou que isso pode agravar a doença, mas não quero voltar para Arapiraca e ficar em casa, sem fazer nada”, confessa. Ela afirma que não consegue nem assistir televisão, porque sente muita dor de cabeça. 

O reflexo de tantas limitações é o abalo emocional. “Estou tendo queda de pressão, minha boca fica inchada”, revela. A recomendação é que ela faça um tratamento neurológico e busque apoio psicológico. Firme, Rafaella não pensa em parar. “Eu não vou desistir dos meus objetivos”, decreta. 

Você pode ajudar
Compre uma paleta, um picolé em tamanho maior, amanhã (13), a partir das 10h, na Paleteria Los Mariachis. A empresa vai ceder 20% do lucro para o tratamento de Rafaella. 

Se quiser fazer uma doação direta ou ajudar de outra forma, entre em contato com a jovem pelo telefone 82 99627-4197.

Por Clau Soares