Gustavo Freire

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Como a Mente Funciona? Parte 1

31/05/2016 21h09
Como a Mente Funciona? Parte 1

 

                Você já parou pra pensar como sua mente funciona? Você alguma vez já ficou curioso para descobrir ou ter uma ideia de como gerir seus pensamentos? As pessoas com as quais nós convivemos influenciam no nosso de pensar? É possível condicionar ou treinar a nossa mente? Talvez, suas respostas para estas perguntas tenham sido sim, talvez tenham sido não. Mas, afinal, como a mente funciona?


                Dividirei esta resposta em duas partes, cada uma composta por quatro itens bem interessantes. Na primeira parte, quero falar sobre 1) Sugestões Sociais, 2) Condicionamento Mental, 3) Consequências e 4) Escolha. Na segunda parte, a qual escreverei em outro artigo para não ficar muito longo, falarei sobre a escada psicológica, ou como, de fato, nós pensamos e tomamos nossas decisões. Também, em quatro partes: 1) Informação, 2) Interpretação, 3) Intenção e 4) Iniciativa.


                Em geral, todos nós somos influenciados por sugestões sociais, que são as influências que recebemos de nossos pais, colegas, professores, televisão, anunciantes, a cultura em geral, livros, rádio, etc. Portanto, inconscientemente, antes de decidirmos como queremos montar a nossa estrutura mental, nós somos influenciados por todos estes estímulos. Quem nunca ouviu aquela expressão “tal pai, tal filho”, não é verdade? Mas, não são somente nossos pais que nos influenciam não.


               Nas últimas duas décadas, a neurociência descobriu um neurônio chamado mirror neuron ou neurônio espelho, que tem a função de imitar padrões de comportamento das pessoas com as quais mais convivemos. Pare um pouco e lembre-se da última vez que você olhou para uma criança sorrindo para você. O que você fez? Provavelmente, você riu para a criança. Agora, pense na mesma situação uma criança fazendo careta para você. O que você fez? Com certeza, fez careta de volta. Esse é o papel do neurônio espelho. Por que você acha que os Alcoólicos Anônimos funcionam tão bem? Porque todos ali têm o mesmo objetivo e a medida que um vai se livrando do vício, outros vão se espelhando e adotando o mesmo tipo de comportamento. Portanto, o seu comportamento é mais ou menos a média das cinco pessoas com as quais você mais convive. Em determinados casos, sua renda também é a média das cinco pessoas com as quais você mais convive. Faz sentido pra você?


               O segundo ponto que quero compartilhar com vocês é sobre condicionamento mental. Da mesma forma que condicionamos nosso corpo, podemos também condicionar nossas mentes. É muito comum em jogos de tênis comentaristas falarem que jogador A ou B está mentalmente mais preparado. Mas, como condicionar a mente? E aí, me permita responder essa pergunta com outra pergunta. Que estímulos visuais, auditivos e sinestésicos você está dando permissão para entrar na sua mente? Se você somente escuta e assiste notícias de tragédia, violência, assassinatos, que as coisas estão piorando, como você acredita que ficará sua mente? Ficará mais positiva ou negativa? Não tenha dúvida que ficará mais negativa.


               Ao escrever este artigo, lembro-me de uma entrevista de Felipão, técnico da seleção brasileira campeã do mundo em 2002, dando entrevista para Fátima Bernardes e dizendo que o livro que o ajudou muito na conquista do pentacampeonato foi “O Poder da Inteligência Emocional” do autor americano Daniel Goleman. Será que esse livro fez alguma diferença na conquista do pentacampeonato? Com certeza que sim. E você, o que vem lendo ultimamente? O que vem assistindo? Com que pessoas está convivendo? Lembre-se sempre de nunca se esquecer de se lembrar que nós não somos somente o que comemos, nós somos o que vemos, sentimos e ouvimos.


               Outra item que influencia diretamente em como nossa mente funciona são as consequências. Fazemos o que fazemos pensando nas consequências. Trabalhamos para receber nosso salário no final do mês. Fazemos dieta para emagrecer. Estudamos para passar em concursos.

               Alguns de meus clientes alegam problema em ter disciplina. Repito sempre que disciplina é igual à quantidade porquês (motivos) + a expectativa ou consequência do que você vai se tornar quando chegar aquele objetivo. Portanto, repito sempre que não existe na verdade a falta de disciplina, existe, de fato, uma quantidade insuficiente de porquês para você atingir aquele objetivo. Por exemplo, se você deseja emagrecer, mas não consegue, talvez, você não tenha parado para pensar nos reais motivos pelos quais você precisa emagrecer, ou talvez eles não sejam fortes o suficiente para fazer você entrar em ação. Talvez, você não parou para pensar em quais serão as consequências, no que você pode alcançar com este objetivo.


               O último item desta primeira parte é a escolha. Isso mesmo, escolha. “São nos momentos de decisão que o seu destino é traçado”, afirma Tony Robbins, escritor e Coach americano. Nós temos o poder de escolhermos o que ler, o que ouvir, o que assistir e com quem desejamos nos relacionar. Neste momento, de forma consciente e sabendo do poder da escolha em sua vida, é hora de realmente parar e refletir sobre: O que eu vou fazer agora? O que eu amo nesta vida? O que me deixa feliz? O que me faz sentir bem?


Aguardo você na segunda parte deste artigo.
 

Sobre o blog

- Bacharel em Administração de Empresas pela Robert Morris University de Chicago, campus Springfield, Illinois, Estados Unidos (residiu nos EUA por 8 anos). - MBA em Administração de Empresas com ênfase em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. - Professional & Self Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Global Coaching Community da Alemanha (GCC), European Coaching Association (ECA) da Alemanha e Behavioral Coaching Institute (BCI) dos Estados Unidos. - Gerente de Recursos Humanos das Indústrias Reunidas Coringa, fabricante Alagoana de produtos alimentícios com 1.200 colaboradores.

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