Nesta terça-feira, 30, Arapiraca comemora 94 anos de Emancipação Política. Apesar da data tão representativa, a população não tem motivos para comemorar.

Isso porque pelo segundo ano consecutivo nenhuma obra está sendo entregue. Na programação, divulgada pela prefeitura, apenas assinaturas de ordem de serviço e o tradicional desfile cívico e militar.

Já não bastasse a falta de obras, Arapiraca vive um momento complicado na limpeza pública. Durante cerca de duas semanas, a administração municipal ficou sem pagar a empresa responsável pelo serviço e os funcionários realizaram paralisação.

Outro fator lamentável é o alto índice de reclamação nos veículo de imprensa sobre a saúde pública da cidade: médicos ausentes, falta de remédios e atendimento precário nas unidades. 

Já na educação, uma paralisação foi ocorrida este mês. Motoristas de ônibus escolares, juntamente com cuidadores e auxiliares de sala de aula cruzaram os braços em virtude da falta de pagamento de salários.

O ASA, maior símbolo de Arapiraca, também passa por um momento muito delicado financeiramente. E para piorar, a prefeitura não repassa o valor acordado em contrato desde julho, o que segundo dirigentes, tem agravado a situação.

Buracos nas vias e a falta de calçamento em muitas ruas também são temas constantes de reclamações por parte da população. Aliado a isso, as várias obras paradas também são alvo de criticas a administração do prefeito Rogério Teófilo.

E por falar no prefeito... no pleito desse ano, ele foi o maior derrotado. Não conseguiu eleger sua deputada estadual, a ex-prefeita Célia Rocha, e nem mesmo sua esposa, a médica Lúcia Cajueiro, que era suplente na chapa do senador Biu de Lira.

O aniversário de Arapiraca precisa ser comemorado por se tratar de uma data histórica e importante, mas o descaso da gestão municipal provoca incertezas. Então, comemorar pra quê?