Claudemir Calixto
Opinião: Roda Viva com Sérgio Moro surpreende e Felipe Moura Brasil destoa dos demais jornalistas “convidados”.
Sérgio Moro não respondeu, exatamente, a maioria das perguntas e intervenções dos jornalistas participantes do programa

Nesta segunda (20), o Ministro Sérgio Moro foi o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura. O site The Intercept Brasil antecipou, na sexta-feira (17), que o ex-juiz aprovou os nomes dos jornalistas que estiveram na bancada para entrevistá-lo. Por conta dessa informação os jornalistas convidados surpreenderam, com perguntas que deixaram o ex-juiz nitidamente desconfortável.
Os destaques para as perguntas mais pertinentes ficaram com Malu Gaspar, Repórter Especial da Revista Piauí, que questionou o então juiz sobre porque ele adiou um depoimento (do Lula) que podia ser usado politicamente pelo PT, mas divulgou um depoimento que ele (Moro) sabia que podia prejudicar a campanha petista, 4 dias antes da eleição. Sérgio Moro disse que o episódio em relação ao Palocci é superdimensionado.
Leandro Colon, Diretor da Folha de São Paulo em Brasília, questionou a decisão do então juiz de vazar uma conversa da então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando a ilegalidade da ação do então juiz.
Do que conseguiu não responder, exatamente, a pergunta do jornalista que, basicamente, lhe questionava se vale a pena violar a lei para combater a corrupção, Sério Moro disse que “se dá uma importância a esse áudio que ela não existe”.
Já Vera Magalhães – que estreou como apresentadora da temporada 2020 do Roda Viva – entre outras perguntas e intervenções importantes, questionou o silêncio do Ministro diante do vídeo publicado pelo, agora, ex-secretário de cultura Roberto Alvim, e sobre o atentado sofrido em dezembro pela produtora Porta dos Fundos.
Vera sugeriu que o Ministro, diante de incidentes que ferem a ordem democrática do país, deveria, no mínimo, fazer nota pública de repúdio. Sérgio Moro se limitou a dizer que deu sua opinião ao presidente e descreveu o ocorrido como “um episódio bizarro e uma situação insustentável”.
Mesmo lembrado que a incitação ao nazismo é crime e que, como Ministro, ele deveria falar publicamente sobre o episódio, o ex-juiz disse que cabe ao presidente tomar as providências, e que ele não tem que opinar sobre tudo.
Questionado sobre o cerceamento de Bolsonaro contra a liberdade de imprensa, Sérgio Moro disse que o presidente é favorável à liberdade de imprensa. Alan Gripp, Diretor de Redação de O Globo e Andreza Matais, Editora executiva do Jornal O Estado de São Paulo, também fizeram perguntas e intervenções importantes. Já Felipe Moura Brasil, Diretor de Jornalismo da Rádio Jovem Pan, destoou completamente dos demais.
Leandro Demori, do The Intercep Brasil, que acompanhou o programa ao vivo e comentou, juntamente com a equipe do TIB, durante o intervalo e após o término da entrevista, avaliou a participação do jornalista da Jovem Pan como um vexame. Ele ainda acrescentou que foi um erro convidá-lo. O programa entrou nos trending topics mundiais do Twitter.
Sobre o blog
Comunicador, cronista, poeta e contista alagoano. Cofundador do coletivo artístico Projeto PAIOL. Graduando em Letras pela Universidade Federal de Alagoas.
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