Blog do André Avlis

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Tite tem que ter mais ousadia para sair da atual mesmice

Com escalação já definida, Brasil enfrenta o Peru, hoje, na Arena de Pernambuco, às 21h30 (horário de Brasília). Partida é válida pela décima rodada as Eliminatórias

09/09/2021 07h07 - Atualizado em 09/09/2021 09h09
Tite tem que ter mais ousadia para sair da atual mesmice

Não estamos vivendo num looping. Mesmo que pareça.

Cá estamos, mais uma vez, para falar da seleção brasileira de Tite. Que enfrenta o Peru, hoje, às 21h30 (horário de Brasília, na Arena de Pernambuco. Partida é válida pela décima rodada das Eliminatórias.

O Brasil é o primeiro colocado da competição com 100% de aproveitamento. Foram sete jogos e sete vitórias; com 17 gols marcados e apenas 2 sofridos.

Para o jogo diante da seleção peruana, o técnico brasileiro já definiu o time titular - o mesmo que enfrentaria a Argentina. Com Weverton; Danilo, Lucas Veríssimo, Éder Militão e Alex Sandro; Casemiro, Gerson, Everton Ribeiro, Lucas Paquetá, Neymar e Gabriel Barbosa.

Uma estrutura mantida - característica do trabalho do treinador. No entanto, é a manutenção de algo que não está entregando o que poderia. E deveria.

Atualmente os números e estatísticas mascaram algumas ou várias más performances. Um futebol que até ganha jogos, mas é burocrático, sistemático (em outro sentido da expressão) e que não potencializa as valências, sobretudo individuais.

Nesta atual escalação, por exemplo, é ilógico não ter Daniel Alves, Arana e Hulk.

No meu time ideal, especialmente pela situação, eles seriam titulares absolutos. E por quê?

Primeiro, são laterais com características ofensivas, mas que conseguem tem consciência e consistência tática. Abririam um leque de possibilidades. Tanto usando o corredor lateral, quanto vindo pelo meio (abrindo espaço para troca de posições ofensivas). Além de conseguirem entrar na ideia da 'saída de 3' - quando se pode ter mais amplitude.

Já com a entrada de Hulk, outras alternativas apareceriam - além do aumento do poder ofensivo. Como o atacante tem características, também, de movimentação, poderia fazer a troca com Gabriel (que também tem facilidade de cair pelas beiradas).

O que o Brasil ganharia com isso? Mobilidade e ofensividade.

O poder de ação aumentaria. Com aproximação, triangulações e consequentemente profundidade. Além, lógico, da potencialização do individual. Dada às várias opções.

Na parte tática, especialmente defensiva, o time de Tite já tem um padrão bem definido. Com variações entre as duas linhas de quatro ou linha de cinco ainda mais baixa.

Ousadia: essa é a palavra. Pois não dá para ter jogadores com qualidade e atributos para atacar e pedir para marcarem lateral, por exemplo.

Gosto muito do Tite, mas vejo que o Brasil pode jogar mais. Muito mais. Para, enfim sair, da mesmice.

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