Blog do André Avlis
Tite tem que ter mais ousadia para sair da atual mesmice
Com escalação já definida, Brasil enfrenta o Peru, hoje, na Arena de Pernambuco, às 21h30 (horário de Brasília). Partida é válida pela décima rodada as Eliminatórias
Não estamos vivendo num looping. Mesmo que pareça.
Cá estamos, mais uma vez, para falar da seleção brasileira de Tite. Que enfrenta o Peru, hoje, às 21h30 (horário de Brasília, na Arena de Pernambuco. Partida é válida pela décima rodada das Eliminatórias.
O Brasil é o primeiro colocado da competição com 100% de aproveitamento. Foram sete jogos e sete vitórias; com 17 gols marcados e apenas 2 sofridos.
Para o jogo diante da seleção peruana, o técnico brasileiro já definiu o time titular - o mesmo que enfrentaria a Argentina. Com Weverton; Danilo, Lucas Veríssimo, Éder Militão e Alex Sandro; Casemiro, Gerson, Everton Ribeiro, Lucas Paquetá, Neymar e Gabriel Barbosa.
Uma estrutura mantida - característica do trabalho do treinador. No entanto, é a manutenção de algo que não está entregando o que poderia. E deveria.
Atualmente os números e estatísticas mascaram algumas ou várias más performances. Um futebol que até ganha jogos, mas é burocrático, sistemático (em outro sentido da expressão) e que não potencializa as valências, sobretudo individuais.
Nesta atual escalação, por exemplo, é ilógico não ter Daniel Alves, Arana e Hulk.
No meu time ideal, especialmente pela situação, eles seriam titulares absolutos. E por quê?
Primeiro, são laterais com características ofensivas, mas que conseguem tem consciência e consistência tática. Abririam um leque de possibilidades. Tanto usando o corredor lateral, quanto vindo pelo meio (abrindo espaço para troca de posições ofensivas). Além de conseguirem entrar na ideia da 'saída de 3' - quando se pode ter mais amplitude.
Já com a entrada de Hulk, outras alternativas apareceriam - além do aumento do poder ofensivo. Como o atacante tem características, também, de movimentação, poderia fazer a troca com Gabriel (que também tem facilidade de cair pelas beiradas).
O que o Brasil ganharia com isso? Mobilidade e ofensividade.
O poder de ação aumentaria. Com aproximação, triangulações e consequentemente profundidade. Além, lógico, da potencialização do individual. Dada às várias opções.
Na parte tática, especialmente defensiva, o time de Tite já tem um padrão bem definido. Com variações entre as duas linhas de quatro ou linha de cinco ainda mais baixa.
Ousadia: essa é a palavra. Pois não dá para ter jogadores com qualidade e atributos para atacar e pedir para marcarem lateral, por exemplo.
Gosto muito do Tite, mas vejo que o Brasil pode jogar mais. Muito mais. Para, enfim sair, da mesmice.