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Renan Filho tenta acomodação de deputado aliado em chapa do PT

Ideia é viabilizar reeleição de aliado que teve dificuldades em 2018

19/10/2021 07h07
Renan Filho tenta acomodação de deputado aliado em chapa do PT

O clima no diretório regional do PT Alagoas parece não estar muito bom para a formação de uma chapa competitiva, visando as eleições de 2022. Atualmente, o partido não tem nenhum deputado na Casa de Tavares Bastos, e resume sua atuação parlamentar com Paulão, que exerce seu segundo mandato como deputado federal.

Com a janela partidária que se inicia em abril, há um acerto para que Ronaldo Medeiros saia do MDB e volte para o ninho petista. O deputado é bem avaliado dentro do partido, e mesmo quando saiu (por questões exclusivamente eleitorais) deixou a porta aberta para um futuro retorno, que ocorre finalmente este ano.

O PT e Medeiros trabalham uma chapa que possa reelegê-lo deputado estadual. Contam para isso com aqueles velhos nomes históricos da legenda, que cumprem seu papel militante de buscar votos entre os setores que ainda votam no partido, vitaminados por novos nomes de peso como Dr Valmir, improvável vitorioso nas eleições para vereador em 2020, e Zé Inácio, ex-prefeito de Inhapi, única prefeitura petista por muitos anos em Alagoas.

Entretanto, setores dentro do PT se queixam do jogo bruto jogado pelo governador Renan Filho, que exige mais um deputado de mandato nas fileiras petistas, no caso o atual líder do governo, Silvio Camelo. Em 2018, Camelo teve bastante dificuldade para se eleger pelo PV, que faz com que Renan tenha interesse em acomodá-lo em uma chapa com melhor possbilidade este ano.

Com Ronaldo, os militantes históricos e mais os votos de legenda, a direção petista avalia que consegue uma vaga na assembleia – justamente a de Medeiros. Com a entrada de Silvio na chapa, a missão de eleger os dois se tornaria quase impossível – e abriria caminho para a eleição de um “estranho” no ninho petista – para o líder de Renan, basta ter mais votos que Ronaldo para ser reeleito.

O PT já serviu de “ponte” para outros políticos anteriormente, mas com o fim das coligações, o “enxerto” ocorreria com a filiação de Silvio Camelo ao partido, o que não é bem visto por militantes vermelhos históricos. Por outro lado, a margem de manobra com o governador é pouca, já que o partido se agarra aos cargos que tem na máquina estadual.

O jogo promete fortes emoções até o outono de 22.

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